Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Lyndon H. LaRouche, Jr.
(1922–2019)
21 fevereiro, 2019 (EIRNS) - Lyndon H. LaRouche, Jr., o economista e estadista estadunidense que compilou, entre 1957 e 2007, o registro mais acertado do mundo de prognósticos econômicos, faleceu no 12 de fevereiro de 2019. Autor de milhares de artigos e de mais de 100 livros e panfletos de tamanho de um livro e de estudos estratégicos, LaRouche foi uma das mais controversas figuras políticas de toda a história estadunidense.
Uma das razões para isto foi a orgulhosa, vigorosa e persistente campanha presidencial de LaRouche, entre 1976 e 2004, para restabelecer o autogoverno constitucional estadunidense após os assassinatos, entre 1963 e 1968, de John F. Kennedy, Malcolm X, Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy. Outra razão foi a sua bem-sucedida criação de um serviço de notícias independente e capacidade de obtenção de informação de alto nível que permitiu a ele e aos seus colaboradores uma capacidade de avaliações não filtradas, que os equiparam de modo a reportarem acertadamente o verdadeiro estado da economia estadunidense e amiúde a verdadeira natureza de processos políticos estadunidenses e internacionais, de outro modo misteriosos.
LaRouche criou também uma associação filosófica internacional, assente no princípio de recriar o conhecimento acerca da controvérsia milenar entre a tradição platônica e a escola de Aristóteles, a luta entre o modelo republicano de estado e o sistema oligárquico de império.
O alcance de LaRouche fora dos Estados Unidos foi o resultado do seu recrutamento com sucesso de centenas de estudantes politizados de muitas nações, particularmente na Europa, no Canadá e na América Central e do Sul. Esta intelectualidade autosselecionada deu-lhe o poder de originar e implementar mudanças de política através da mobilização de modestas, mas bem treinadas e extremamente bem informadas unidades, que catalisaram forças muito maiores em várias nações para algumas vezes agirem como "uma mente estendida por vários continentes".
LaRouche era conhecido pela sua insistência de que cada cidadão dos Estados Unidos, assim como os cidadãos de qualquer nação soberana, têm a responsabilidade de se educarem sobre as matérias cruciais de política que afetam o futuro das suas nações e da humanidade; de proporem e defenderem apenas aquelas políticas que "promovam o Bem-Estar Geral de nós próprios e da nossa posterioridade"; e de derrotarem medidas financeiras predatórias promulgadas no seguimento de políticas de redução populacional racialistas, por vezes disfarçadas como "ambientalismo" ou "desenvolvimento sustentável", tendo como alvo particular as nações da África, da Ásia e da América Central e do Sul.
Apesar de pessoas e instituições internacionalmente proeminentes terem recentemente começado a reportar sobre LaRouche, e a despeito de ter ele sido um dos mais prolíficos escritores dos Estados Unidos, nenhuma da “grande mídia” se atreveu ainda a citar as verdadeiras opiniões de Lyndon LaRouche sobre qualquer assunto político pelo qual ele era conhecido. Este medo de LaRouche é notável, mas não é novo. Sempre foi verdade que o poder das ideias de LaRouche, tanto quanto ou até mais, do que a pessoa de LaRouche, eram profundamente temidos pelos seus opositores. Esse medo não se irá abater com o seu falecimento.
As Quatro Leis de LaRouche, a sua proposta para um Acordo de Quatro Poderes entre Estados Unidos, Rússia, China, e Índia, a sua invenção da Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI, sigla em inglês), de 1983, anunciada pelo então Presidente Ronald Reagan, e a sua defesa ímpar de cinco décadas de duração da energia de fusão termonuclear, não podem ser permitidas ser mencionadas pela "grande mídia" hoje, mesmo na ocasião da morte de LaRouche. Se o povo estadunidense chegasse a conhecer agora estas políticas, e consequentemente o que lhes tinha sido negado pela conspiração de silêncio imposta durante décadas em torno de LaRouche, particularmente durante a crise financeira e guerras predatórias sem utilidade dos passados 15 anos, eles iriam imediatamente concluir que alguém tem tentado intensamente mantê-los durante todos estes anos longe das ideias de Lyndon LaRouche.
"Ele é um tipo mau, mas não lhe podemos dizer o porquê" não irá mais ser suficiente como explicação para estas pessoas, sobre por que razão não deverão elas, ainda hoje, saber "quem é Lyndon LaRouche". Ao quebrar com sucesso os muros das notícias falsas neste momento, o verdadeiro Lyndon LaRouche pode finalmente ser ouvido e tornar-se conhecido. Para esse fim, o seguinte breve, muito incompleto relato da sua vida e do seu trabalho é providenciado.
O Desenvolvimento de Um Estadista Mundial
LaRouche estabeleceu-se durante mais de quatro décadas como o primordial inimigo do Sistema Imperial Britânico, em ambas as suas encarnações, pré-Segunda Guerra Mundial, e o atual Commonwealth pós-guerra. O serviço militar de LaRouche na Segunda Guerra Mundial, particularmente no teatro de operações da Birmânia, foi pessoalmente decisivo. "Foi a experiência em Calcutá, em 1946, que definiu o meu principal compromisso de vida, de que os Estados Unidos deveriam tomar a liderança mundial pós-guerra em estabelecer uma ordem mundial dedicada a promover o desenvolvimento econômico do que hoje chamamos 'países em desenvolvimento'", escreveu LaRouche na sua autobiografia, O Poder da Razão: 1988. LaRouche começou a batalhar com os "teóricos da economia política" e traficantes de escravos da versão moderna da Companhia Britânica das Índias Orientais, cujas teorias dominavam os departamentos de economia das universidades estadunidenses no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.
LaRouche opôs-se ferozmente à concepção de homem-como-uma-besta defendida por Francis Bacon, Thomas Hobbes, Parson Thomas Malthus e John Locke. Em vez disso, LaRouche restabeleceu a ciência da economia física nos Estados Unidos, uma ciência inventada em 1672 pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz, inventor do cálculo e coinventor da máquina a vapor. Durante um intenso período de estudo entre 1948 e 1952, LaRouche avançou os seus estudos independentes em ciência física de modo a desenvolver o seu método de previsão econômica. O livro de 1983, LaRouche: Irá Este Homem Tornar-se Presidente? declara: "O que LaRouche primeiramente reconheceu durante 1952, foi que ao adotar uma concepção de energia que é inteiramente consistente com a dissertação de 1854 de [Bernhard] Riemann, 'Sobre as Hipóteses Que Subjazem a Geometria', é possível medir ambos os crescimentos tecnológico e econômico em termos de energia assim definida. No trabalho de LaRouche, valor econômico - o crescimento econômico verdadeiro - é medido primariamente em termos de aumentos da densidade relativa potencial da população da sociedade".
LaRouche, contudo, considerou todo o seu trabalho sobre economia física como a expressão específica de uma tarefa epistemológica mais profunda. No seu artigo de 1988 "Beethoven como Cientista Político", LaRouche escreve:"As minhas descobertas mais importantes, em cada campo para o qual contribuí, são baseadas na minha refutação bem-sucedida do famoso paradoxo kantiano reafirmado na Crítica do Julgamento de Immanuel Kant. Kant afirmava aqui duas coisas de relevância.
"Primeiro, ele insistiu que apesar dos processos criativos responsáveis por descobertas científicas fundamentais válidas existirem, estes próprios processos estão além de qualquer compreensão humana possível. Eu provei que isso é falso e dessa prova desenvolvi um método de representação inteligível desses processos criativos e consequentemente a medição implícita de progresso tecnológico como tal.
"Segundo, com base no primeiro pressuposto, Kant argumentou que não havia critérios inteligíveis de verdade ou beleza na estética. A tolerância que foi tão geralmente ganha por todo o irracionalismo moderno em matéria de arte, dependeu da aceitação alemã e de outros desta tese sobre estética avançada por Kant e mais tarde por Friedrich Carl von Savigny."
A natureza prolífica dos escritos de Lyndon LaRouche, nos campos da música, economia, história, linguagem e as ciências físicas, inspirou muitas colaborações e trocas com pessoas pelo mundo fora. LaRouche, primordialmente, era um estadista - não um político - um praticante de estadismo, no sentido socrático-ateniense. Ele estabeleceu organizações através do ensino, começando com uma série de palestras em 1966, através da qual ele avançou e debateu o seu método de previsão econômica, especialmente em polos universitários. Muitos encontraram LaRouche pela primeira vez num lado de um debate, levado a cabo com as autoridades econômicas e políticas dos polos universitários dos anos 1970. Isto parou depois do famoso debate de 1971 de LaRouche com o economista Abba Lerner. Lerner perdeu ao admitir que se as políticas de austeridade do Ministro das Finanças alemão Hjalmar Schacht tivessem sido implementadas nos anos 1920, "Hitler não teria sido necessário". Dentro de meses, ninguém mais podia ser encontrado para debater com LaRouche e nunca mais tal tipo de debates ocorreu.
As palestras de LaRouche sobre o que na altura era chamada "economia dialética", eram precisamente isso - diálogos entre LaRouche e figuras filosóficas, econômicas e científicas da história, retratadas por ele com precisão de contador de histórias, sempre sem notas e amiúde feitos sem quaisquer livros. Era entregue aos estudantes um extenso currículo de material de leitura, com leituras sugeridas, detalhadas semana a semana. Um estudante lembrou-se de que "referia-se a passagens de um trabalho como a Crítica da Razão Prática de Kant, por exemplo. Era-nos dito para lê-lo. Se o fizéssemos, e fôssemos à aula na semana seguinte, ele primeiro descrevia qual era a sua ideia da passagem, a qual era convincente assim como acertada. Ele prosseguia então destruindo-a ponto por ponto e porque tínhamos nós lido-a, e aceitado-a, conseguíamos descobrir as falácias escondidas no fundo da nossa própria mente. Ele demonstrava-nos a diferença entre ler e pensar. Elas não eram aulas: eram solilóquios. E foi assim que ficamos interessados."
A organização principal de LaRouche era a Convenção Nacional (mais tarde Internacional) de Comités Trabalhistas, uma associação filosófica organizada como um "sistema de conferências", normalmente realizadas duas vezes por ano. Desta associação nasceram muitas outras organizações, tais como a Fusion Energy Foundation (Fundação da Energia de Fusão), o U.S. Labor Party (Partido Trabalhista dos EUA), o National Democratic Policy Committee (Comitê Nacional Programático Democrata), a Anti-Drug Coalition (Coalição Anti-Drogas) e outras. LaRouche também fundou e trabalhou com organizações na França, Alemanha, Itália, Suécia, Canadá, Dinamarca, México, Colômbia, Peru, Austrália e muitas outras nações.
Em dezembro de 1977, LaRouche casou com Helga Zepp da Alemanha, mais tarde a criadora do Instituto Schiller, uma instituição para a promoção do estadismo e de uma renascença da cultura Clássica.
"No outono de 1977, eu sugeri que casássemos.... Eu estava um pouco surpreendido, mas agradavelmente, quando ela concordou.... Não havia nada de ordinário acerca das vidas de qualquer um de nós, nem foi alguma vez provável que fosse o contrário. Casamos em Wiesbaden no 29 de dezembro de 1977. A cerimônia foi em alemão; o oficial do Standesamt (o registro civil alemão) perguntou-me em alemão, se eu sabia o que acontecia. Houve riso acerca dessa pergunta entre os meus amigos durante semanas depois." Permaneceram casados durante 41 anos.
A natureza combativa e o estilo polêmico das campanhas, eleitorais e não eleitorais, de LaRouche e seus colaboradores foram únicos na vida política estadunidense nas décadas 1970, 1980 e 1990. A transmissão de meia-hora de 1976 de LaRouche, "Discurso de Emergência à Nação", foi a primeira vez que um candidato independente tinha alguma vez comprado tal quantidade de tempo televisivo numa eleição federal estadunidense. LaRouche apareceu na televisão quinze vezes durante a eleição presidencial de 1984 em segmentos de 30 minutos, praticamente inventando o que mais tarde seria imitado como o "infomercial". As candidaturas presidenciais de LaRouche, e as candidaturas dos seus colaboradores, incluindo o lançamento de 1.000 candidatos em 1986 apenas, ao mesmo tempo aterrorizaram os adversários de LaRouche nos Estados Unidos e inspiraram outros para ter a coragem não meramente de se candidatarem, mas de apoiarem políticas desenhadas para beneficiar toda a humanidade, não apenas o "seu lamaçal local".
Uma dessas políticas foi o Banco de Desenvolvimento Internacional (BDI), uma proposta de LaRouche de 1975 para substituir o Fundo Monetário Internacional e para desenvolver o que era na altura chamado "o Terceiro Mundo" através do fornecimento para a exportação de, não apenas tecnologia construída nos EUA, mas cidades inteiras. Estas cidades seriam construídas como locais de treino para o rápido desenvolvimento das qualificações de populações do sector em desenvolvimento, permitindo a estas criar as suas próprias economias plenamente ("full set”), em vez de se tornarem escravas de dívidas, como de fato ocorreu.
Pessoas como Frederick Wills, o antigo Ministro de Relações Exteriores da Guiana, defendeu a proposta do BDI de LaRouche numa sessão das Nações Unidas em 1976. O Presidente do México José López Portillo e a Primeira-Ministra da Índia Indira Gandhi encontraram-se com Lyndon e Helga LaRouche e adotaram aspectos das suas propostas, muitas das quais foram apresentadas como tratamentos do tamanho de um livro, tais como a "Operação Juárez" para o México e "A Industrialização da Índia: Do Atraso ao Poder Industrial em Quarenta Anos" e "Uma Política de Desenvolvimento de Cinquenta Anos para a Bacia dos Oceanos Índico e Pacífico" - todos artigos escritos por LaRouche no início dos anos 1980 e cuja visão central é ainda atual, não apenas para hoje, mas para a próxima década ou mais.
O método pouco ortodoxo para dispersar estas ideias defendido por LaRouche era socrático: falar com as pessoas uma a uma. Esta atividade organizativa diária nas ruas ocorreu em centros de desemprego, estações de correios, aeroportos e cruzamentos de trânsito, esquinas de ruas, distritos centrais das cidades e centros comerciais. Este contato direto com a população estadunidense resultou em LaRouche ter um melhor entendimento do que estava a acontecer nos Estados Unidos "desde as ruas" do que qualquer outra força política no país. Elementos corruptos do Departamento de Justiça e “quangos” (organizações chamadas “não governamentais” mas baixo control do governo) aos quais foi dada luz verde para sabotar ilegalmente o direito constitucionalmente garantido dos colaboradores de LaRouche de se organizarem, foram forçados a recorrer à caracterização da organização como uma "seita" de modo a dissuadir cidadãos de contribuírem para companhias associadas com o movimento político de LaRouche.
Nenhum dos detratores de LaRouche é capaz de negar o seu registro de previsões econômicas bem-sucedidas, incluindo o colapso do Sistema de Bretton Woods em 15 de agosto de 1971, o colapso de outubro de 1987 da bolsa de Wall Street (que LaRouche previu em maio desse ano) e a sua previsão de 22 de julho de 2007, capturada em formato de emissão via Internet, do que mais tarde se tornou o "resgate de trilhões de dólares" de setembro de 2008. Algumas das mais estonteantes previsões de LaRouche, apesar disso, não foram, estritamente falando, econômicas. No Dia de Colombo, 12 de outubro de 1988, Lyndon LaRouche, falando no Kempinski Hotel Bristol de Berlim, disse:"Por profissão, sou um economista na tradição de Gottfried Wilhelm Leibniz e Friedrich List, na Alemanha, e de Alexander Hamilton e Mathew e Henry Carey, nos Estados Unidos. Os meus princípios políticos são os de Leibniz, List e Hamilton e são também consistentes com os de Friedrich Schiller e Wilhelm von Humboldt. Tal como os fundadores da minha república, tenho uma crença inflexível no princípio de Estados-nação absolutamente soberanos e oponho-me deste modo a todas as autoridades supranacionais que possam minar a soberania de qualquer nação. Contudo, tal como Schiller, acredito que qualquer pessoa que aspire a tornar-se uma alma bela, deve ser ao mesmo tempo um verdadeiro patriota da sua própria nação e também um cidadão do mundo.
"Por estas razões, durante os passados 15 anos tornei-me um especialista nos assuntos externos do meu país. Como resultado deste trabalho, ganhei influência crescente e significante entre alguns círculos em torno do meu próprio governo nos assuntos inter-relacionados da política externa e estratégia dos EUA. O meu papel durante 1982 e 1983 ao trabalhar com o Conselho de Segurança Nacional dos EUA para dar forma à adoção da política conhecida como a Iniciativa de Defesa Estratégica, ou 'SDI', é um exemplo disto. Apesar dos detalhes serem confidenciais, posso relatar-lhes que as minhas visões sobre a presente situação estratégica são mais influentes nos Estados Unidos hoje do que em qualquer altura no passado. Deste modo, posso assegurar-lhes que o que agora lhes apresento, sobre o tema de perspetivas para a reunificação da Alemanha, é uma proposta que irá ser estudada muito seriamente entre os círculos relevantes do ’establishment‘ dentro dos Estados Unidos. Sob as condições apropriadas, muitos hoje irão concordar, que o tempo chegou para dar passos iniciais na direção da reunificação da Alemanha, com a óbvia perspetiva de que Berlim possa retomar o seu papel como a capital."Na Mira para a Destruição
Dois dias após o seu discurso no Kempinski Hotel, acusações federais foram emitidas contra Lyndon LaRouche e vários colaboradores. Mais tarde, LaRouche, falando no Clube Nacional de Imprensa sobre as acusações, declarou: "Uma pessoa pode dizer da própria acusação, que todos aqueles que cometem ofensas contra Deus, ou a humanidade, ou ambos, são mais cedo ou mais tarde castigados." As acusações seguiram-se dois anos a uma tentativa de assassinato no 6 de outubro de 1986 contra LaRouche, acerca da qual LaRouche escreveu no seu panfleto de 2004 intitulado "'Condenem-no ou Matem-no!' A Noite em Que Vieram para Me Matar", o seguinte:"No 6 de outubro de 1986, um quase exército de mais de quatrocentos elementos armados chegou à vila de Leesburg, Virgínia, para um reide aos escritórios da EIR e seus colaboradores e foi também destacado para uma outra missão mais negra. O local no qual eu residia nessa altura foi cercado por uma força armada, enquanto aviões, veículos blindados e outro pessoal esperavam pela ordem para entrar disparando. Felizmente, a matança não ocorreu, porque alguém com mais autoridade de que o chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça, William Weld, ordenou que o ataque a mim fosse abortado. As forças prontas para avançar sobre mim, a minha mulher e vários dos meus colaboradores foram retiradas de manhã.
"Este foi o segundo caso inteiramente documentado de um envolvimento do Departamento de Justiça dos EUA em operações que tinham como objetivo a minha eliminação pessoal da política."
Apesar de LaRouche e outros seis terem sido considerados culpados num tribunal de Alexandria, Virgínia, em dezembro de 1988, e terem sido presos no 27 de janeiro de 1989, os protestos internacionais e nacionais contra tais condenações corruptas continuam até hoje. O antigo Procurador-Geral da República dos EUA, Ramsey Clark, caracterizou o caso LaRouche como "envolvendo mais condutas sistemáticas e deliberadamente ardilosas de maior alcance durante um mais longo período de tempo, usando o poder dos recursos do governo federal, do que qualquer outro processo por parte do governo dos EUA no meu tempo ou que é do meu conhecimento." O dossiê de setembro de 2017 da Executive Intelligence Review, "Robert Mueller É um Assassino Legal Amoral: Ele Irá Fazer o Seu Trabalho Se o Deixarem" analisa compreensivelmente como o presente procurador especial contra Donald Trump foi um componente chave da perseguição política a Lyndon LaRouche nos anos 1980.
Durante o tempo que passou na prisão, LaRouche continuou a escrever, mas frequentemente ditando capítulos inteiros de manuscritos de livros ao telefone, uma vez mais sem trabalhos de referência de qualquer tipo. Para além da coleção intitulada "A Ciência da Economia Cristã e Outros Escritos da Prisão", LaRouche escreveu ou gravou muitos outros documentos, alguns dos quais foram compilados com outros escritos nunca antes publicados.
Durante 1989, à medida que se tornou claro que a esfera COMECON da União Soviética estava a passar por crescentes dificuldades econômicas, LaRouche e a sua mulher Helga cooperaram intensamente num programa chamado o "Triângulo Produtivo Paris-Berlim-Viena", o qual após a desintegração da União Soviética foi estendido para a "Ponte Terrestre Euro-Asiática". Após a eliminação da Cortina de Ferro, este programa propôs a integração dos centros populacionais e industriais da Europa com os da Ásia através de chamados corredores de desenvolvimento. Foi o único plano de paz abrangente para o Século XXI na mesa naquela altura, uma opção que foi ferozmente contrariada por britânicos e os neoconservadores anglófilos nos Estados Unidos, que em vez disso avançaram a sua política de um mundo unipolar e sistema neoliberal. A Ponte Terrestre Euro-Asiática, desde muito cedo, tornou-se conhecida como "A Nova Rota da Seda". Mais de duas décadas depois, a Iniciativa do Cinturão e da Rota chinesa, que cresceu deste conceito, tornou-se a locomotiva principal da economia física mundial.
Mudando Milhares de Vidas
Depois de ser libertado da prisão no 26 de janeiro de 1994, LaRouche continuou a sua carreira como analista que fazia prognósticos. Ele desenvolveu a sua pedagógica "Curva Tripla" em 1995 para ilustrar ao público leigo como o processo de "hiperinflação do tipo Alemanha de Weimar" tinha apanhado o mundo transatlântico e tinha de tal modo saqueado o último que nada podia ser feito para preservar o sistema monetário dominante. Teria de ser reorganizado de cima para baixo, utilizando a Lei Glass-Steagall da era do New Deal de Franklin Roosevelt para iniciar o processo de reorganização bancária. Ele avisou em janeiro de 2001 do perigo de um violento ataque terrorista a uma ou mais cidades estadunidenses, enquadrando este aviso no contexto de analisar porquê e como o sistema financeiro tinha entrado numa fase de uma "bolha da alta tecnologia" durante 1999 e 2000.
LaRouche falou da possibilidade de um "Incêndio do Reichstag" à luz da emergente ingovernabilidade dos Estados Unidos, sob condições de ruína econômica cada vez pior. E, tal como com o seu prognóstico de maio de 1987 de um colapso do mercado bolsista em outubro de 1987, no 22 de julho de 2007 LaRouche declarou, um ano antes da derrocada do Lehman Brothers/AIG de setembro de 2008:"O sistema financeiro monetário mundial está na verdade agora num processo de desintegração. Não há nada de misterioso acerca disto; eu falei disto nos últimos tempos, tem estado em andamento, não está diminuindo. O que está listado como valores de ações e valores de mercado nos mercados financeiros internacionalmente é uma trapaça! São crenças puramente fictícias. Não há verdade em tal coisa; a falsidade é enorme. Não há possibilidade de um não colapso do presente sistema financeiro - nenhuma! Está acabado, já!
"O presente sistema financeiro não pode continuar a existir sob quaisquer circunstâncias, sob qualquer presidência, sob qualquer liderança, ou qualquer liderança de nações. Apenas uma mudança fundamental e repentina no sistema financeiro monetário mundial irá impedir um colapso geral e imediato do tipo reação em cadeia. A que velocidade não sabemos, mas irá durar e irá ser imparável. E quanto mais tempo durar antes de ter um fim, pior as coisas irão ficar."
LaRouche, tal como evidenciado pelo prognóstico acima, feito aos 84 anos de idade, não apenas continuou a ser singularmente produtivo. Na viragem do milênio, LaRouche liderou um movimento para recrutar juventude - um movimento que se tornou tão bem-sucedido que o Partido Democrata em várias partes do país até tentou apoderar-se do mesmo. Milhares de jovens passaram por este processo educativo. Contribuições revolucionárias na apresentação do trabalho do físico Johannes Kepler, na prática do canto clássico de bel canto, quer para educação escolar secundária geral ou como um antídoto para a autodegradação cultural, e a apresentação da história estadunidense, incluindo história atual estadunidense (em vez de "eventos atuais" ou o termo ainda mais degradante, "notícias"), em formato vídeo tal como o programa 1932, foram produzidas pelo Movimento Juvenil LaRouche.
Desde a altura da sua emergência como uma figura pública há mais de cinquenta anos, a única tragédia que caracterizou a vida de Lyndon LaRouche, é que nunca lhe foi permitido implementar, como Presidente ou como um conselheiro do Presidente em exercício, as reformas econômicas que teriam melhorado as vidas de dezenas de milhões de estadunidenses e centenas de milhões pelo mundo fora.
Apesar de Lyndon LaRouche ter muitos amigos que foram líderes nos campos da ciência, música, economia e política, o seu maior amigo, para além da sua mulher Helga, foram os homens e mulheres esquecidos dos Estados Unidos da América e de outros países.
No passado dia 18 de Outubro, claramente para tentar influenciar o voto na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, publicou o jornal Folha de São Paulo uma notícia de que há um grupo de empresários que estão a usar o seu dinheiro para publicar mensagens na Internet contra o Partido dos Trabalhadores.
A notícia em causa só está acessível, na sua versão original, a assinantes deste jornal. Mas, <este> vídeo no YouTube possui uma filmagem da mesma, acompanhada de uma leitura electrónica.
Ora, nesta notícia, a única coisa que é denunciada é essa mesma rede de empresários e o seu modo de actuação. E, nada é dito ou denunciado sobre uma ligação de Bolsonaro a tais empresários. Sendo, por isso, verdade o que Bolsonaro diz, de que não é ele o responsável por esta campanha.
Mas, o que faz Haddad perante isto?
Ora, usa a mesma mentira (ou ilação imensamente abusiva - óbvia para toda a gente inteligente, na qual se inclui o próprio Haddad) que é publicada pelo jornal Folha de São Paulo na referida notícia, de que isto constitui uma doação ilegal à campanha de Bolsonaro, para tentar impedir Bolsonaro de se poder candidatar à segunda volta das eleições.
E, sobre o candidato Haddad (independentemente da mentira e da injustiça de que estejam a ser alvo Lula da Silva e Dilma Rousseff) impera fazer um esclarecimento - para além da demonstração de clara falta de carácter, que acabei de fazer...
Ao contrário do que se diz, Haddad não é Lula.
Pois, o PT é uma mistura de verdadeiros sociais-democratas com falsos sociais-democratas, estes últimos claramente ao serviço dos grandes interesses económicos ocidentais.
Eu não irei fazer uma longa análise do percurso político do PT, marcado por boas acções misturadas com más acções (nas quais se inclui o chamado "kit gay", da autoria de Fernando Haddad - que Dilma Rousseff ordenou que não fosse distribuído - para o qual Jair Bolsonaro tanto chamava a atenção, ao mesmo tempo que denunciava um livro que sexualizava as crianças) para demonstrar este ponto.
Irei, em vez disso, chamar apenas a atenção para uma das "raizes" ideológicas do que digo eu serem os falsos sociais-democratas presentes neste Partido dos Trabalhadores.
Tal como podem ler na seguinte notícia (e até se começarem a pesquisar sobre o mesmo) Haddad é um grande adepto da chamada Escola de Francoforte.
Escola de pensamento esta, que está por trás do (tão falado, pela verdadeira direita anglo-saxónica) fenómeno do "marxismo cultural", que visa denegrir a nossa sociedade e dela eliminar valores - e cujo instituto que a fundou, depois de ter sido inicialmente desapoiado por Estaline, foi durante as seguintes três décadas financiado por instituições do poder estabelecido ocidental, nas quais se inclui a Rockefeller Foundation.
The New Dark Age: The Frankfurt School and "Political Correctness"
(Marxismo cultural esse, que não tem como intenção criar uma sociedade socialista - mas antes, uma sociedade que misture ideias comunistas com capitalistas, que pode ser descrita como neofeudalista ou fascista - [1] [2] - onde não tenham os grandes interesses económicos de se preocupar com concorrência, ou sequer com rebeliões - por terem os seus adversários sido bem- -sucedidamente denegridos a todos os níveis.)
Logo, torna-se óbvio quem é que é o candidato apoiado pelo Ocidente, nestas eleições brasileiras (i.e. quem é que é realmente apoiado pelos - verdadeiramente grandes - interesses económicos) e por que razão até a imprensa portuguesa alinha na demonização de Bolsonaro.
Por, na altura (final do ano passado) andar eu concentrado noutras coisas mais importantes - e tal blogueiro demorar também muito tempo a responder aos comentários que deixavam as pessoas no seu blogue (por andar também ele ocupado com outros assuntos mais importantes) - não tive eu pressa em responder a um comentário que tinha sido por ele deixado em resposta a um meu (último este, que tinha eu deixado a uma colocação final, de despedida, no blogue de tal autor) após ter sido eu automaticamente notificado, por correio electrónico, da ocorrência do mesmo.
E, lembrado eu - pela natureza da última colocação no meu blogue - de que não tinha ainda escrito tal resposta... Quando fui, anteontem, tentar deixar uma em tal blogue alheio, também alojado aqui no SAPO, já não consegui mais aceder ao blogue de tal autor, por ter sido o mesmo "suspenso".
E, assim sendo, na vaga esperança de que esta minha resposta possa um dia ser lida pelo destinatário em causa - e, já agora, porque (sendo de comentários públicos que se tratam) também poderá ser do interesse de outros ler tal pequena troca de mensagens - aproveito então para publicar aqui, no meu próprio blogue, a resposta que já não fui a tempo de dar (e também para republicar o comentário ao qual se dirigia tal resposta, da autoria do blogueiro Francisco Freima, para o qual já uma vez aqui tinha chamado a atenção para).
Francisco Freima respondeu ao seu comentário no post Adeus, pessoal (um adeus pessoal) às 02:31, 30/11/2017:
[...]
Por acaso nunca pensei muito na América Latina como região para viver, embora não me importasse de ir para a zona dos Andes. Se me dessem a escolher um país em todo o mundo, penso que iria para a Rússia. Adoro a cultura deles, sendo também um adepto do frio (e, lendo a teoria de Mackinder acerca do Heartland, percebemos que a Rússia será sempre importante).
Rússia que entronca no outro tema abordado pelo Fernando: os apoios dados a Trotsky por parte de Wall Street. Já tinha lido sobre isso, mas tendo sempre a relativizar. Não me choca que Trotsky tenha tido esse t ipo de ajudas, até porque existe o tal ponto de confluência que é o internacionalismo. Infelizmente, a política tem algumas zonas cinzentas onde um Ribbentrop e um Molotov podem negociar um pacto de não-agressão ou, voltando aos tempos da I Guerra Mundial, Lenine ser ajudado pelos alemães no seu regresso do exílio. Quando forças opostas convergem é sempre na esperança de enganarem o parceiro de ocasião. Escusado dizer, os povos ficam à porta de tais considerações.
Para mim, a importância de Trotsky está mais nas suas teorias da revolução permanente ou do desenvolvimento desigual e combinado do que propriamente nas suas acções enquanto indivíduo/actor político. Talvez, pela época em que viveu, ele não pudesse ter agido de outra forma; talvez, tendo sido um homem ambicioso, aquilo que resulta numa falha ética grave fosse apenas um meio para atingir um fim; na pior das hipóteses, mesmo que ele não acreditasse em nada, ou acreditasse apenas no intern acionalismo (capitalista ou socialista), a verdade é que as suas obras são lidas por muitas pessoas que defendem o internacionalismo socialista sem quaisquer concessões aos interesses capitalistas. É o que eu chamo de triunfo dos ingénuos: vivendo o marxismo um momento de refluxo a nível mundial, hoje em dia quem é marxista pode aprofundar as suas ideias sem grande rebuliço, um pouco à semelhança do período em que Marx viveu. Existem pequenas guerras, independentismos, mas nada que se assemelhe à proximidade de uma revolução como a de 1917.
O capital tem a situação controlada. Dentro do marxismo, os adeptos da revolução permanente podem polemizar com os adeptos do comunismo num só país sem que venha grande mal ao mundo. As figuras tutelares morreram e a própria questão coloca-se hoje sob outros prismas que não os da URSS. A Catalunha, por exemplo, tem suscitado um amplo debate: como podem os internacionalistas apoiar a independência catalã? Não é o Estado-nação uma construção burguesa destinada a desviar o foco da luta de classes? Estando no Bloco, foi um debate que acompanhei com gosto, até por ser militante de base. Na base dos partidos temos sempre aqueles camaradas mais puros, que não afinam as suas opiniões pelas dos notáveis. Claro que chega o dia em que a festa acaba e a vitória cai para um dos lados. Enquanto a festa durou, vi pessoas frontalmente contra a independência catalã e outras que, sendo também elas internacionalistas, colocavam o direito dos povos à auto-determinação num patamar superior. Da minha parte, defendo a independência. Nem tanto pela auto-determinação, para mim a questão premente reside na força imprimida pelo capitalismo à sua globalização. Ainda assim, torna-se um exercício vagamente cómico, o de defender a independência de um povo que pretende ir logo a correr para os braços da União Europeia...
Um abraço, Fernando, e viva a Margem Sul :D
[Segue-se então a minha resposta, que já não fui a tempo de publicar...]
Olá outra vez, Francisco.
(Com a crescente escassez de recursos naturais e o sério impacto que tal irá ter na agricultura: http://forum.prisonplanet.com/index.php?topic=63630.msg900364#msg900364)
Os melhores sítios para se viver, no futuro próximo (e para os quais eu iria, se pudesse) serão os locais do Mundo ainda pouco populados, que têm solos férteis em grande quantidade e que são também ricos em água - como o Brasil (e restante América Latina) e, sim, também a Rússia. (Tanto o Brasil como a Rússia exportam muita comida. Por isso, são estes dois países onde as pessoas nunca deverão morrer de fome.)
Quanto à criação do Estado-Nação,
Ela não tem (nada) a ver com "desviar o foco da luta de classes" (pois, surgiu até muito antes que tal luta tivesse início, devido à publicação do "Manifesto Comunista" escrito pelo capitalista Friedrich Engels). Mas, é antes algo que surge como uma consequência da vontade de Desenvolvimento económico, motivada pelo ideal de Progresso, a todos os níveis (http://www.schillerinstitute.org/newspanish/InstitutoSchiller/Arte/GoyaLucesCarlosIII.html) - algo que as elites (i.e. os verdadeiros ricos e membros da dita nobreza) não querem (nem nunca quiseram) por gerar tal progresso económico também progresso cultural e tornar as pessoas mais difíceis de controlar e continuar a explorar.
E, o tentar colar algo de positivo a algo mau, através de falácias, é um truque muito usado pelos propagandistas do poder estabelecido (como me lembro de ler, da parte de um Professor seu, que me disse você ser um maçom, que usava num texto pró-UE o ridículo termo "o totalitarismo das nações" - como se ter um governo central europeu, que repetidamente proíbe os vários países de fazerem isto ou aquilo é que não fosse, antes isso mesmo, uma forma de totalitarismo). Sendo o melhor exemplo que conheço, de constantemente dar falsas explicações alternativas (sem argumentos que realmente as sustentem) para certos acontecimentos históricos (do que posso ler da descrição, pois recuso-me a ler tais obras) o livro "A People's History of the United States" do propagandista Howard Zinn.
Quanto ao Trotsky,
Não se tratava de um convergência de apenas alguns interesses comuns que tinha ele com alguns ultra-ricos. O jogo por ambos jogado é um que, certamente, não deve ser ensinado no tipo de cursos universitários sobre História e Política que você tirou - e que se chama "Dialética Hegeliana" (http://forum.prisonplanet.com/index.php?topic=43336.0). Sendo que, o Trotsky estava tão interessado numa verdadeira Revolução Social quanto estão os seus discípulos, de hoje em dia, como são os dirigentes do Bloco de Esquerda (muito contentes em colaborar com o falso Partido Socialista português e ficar-se por aí).
Se alguma vez decidir você pesquisar seriamente sobre o que eu aqui denuncio, da verdadeira natureza deste tipo de líderes comunistas (deixo-lhe mais uma dica aqui: http://blackfernando.blogs.sapo.pt/primeira-e-talvez-unica-tentativa-seria-52674) depois interrogue-se sobre por que razão andam os movimentos por eles criados a usar a mesma simbologia que é usada por outros movimentos, que toda a gente bem informada sabe serem controlados por conhecidos capitalistas: http://blackfernando.blogs.sapo.pt/alguem-ainda-duvida-de-que-o-podemos-e-127764
Um abraço e Boa Sorte para o futuro próximo.
[Uma colocação feita há poucos dias na conta do Twitter "Crimes of Britain", à qual deixei eu dois comentários - seguida de uma palestra, de há 20 anos, de um membro do movimento LaRouche.]
Um comentário que deixei num sítio na Internet sobre as novidades no campo da informática e também sobre novas tecnologias, que veio no seguimento de uma colocação que foi feita sobre a energia de fusão - no final da qual o autor perguntava às pessoas se achavam que iríamos ter este tipo de energia já disponível daqui a pouco mais de uma década.
Quem quiser, pode também consultar os restantes comentários à colocação em causa, para mais explicações, que eu lá deixei, sobre o que se passa em torno de tudo isto.
Fernando Negro 4 de Julho de 2017 às 16:07
«Um pouco de pressão e uma competição saudável seria o necessário para ter a motivação suficiente para que este prazo se cumpra.»
Mentira. A fusão nuclear já podia até ser uma realidade, não fosse o constante subfinanciamento consciente de projectos governamentais no Ocidente – e o encerramento dos mesmos, quando estes têm sucesso (https://www.youtube.com/watch?v=Wbtj29ERG-Y).
A fusão nuclear está a ser propositadamente adiada pelas mesmas pessoas que andam a propagandear a mentira do “aquecimento global” antropogénico (https://www.youtube.com/watch?v=bSAgCFLgaVI). E, o objectivo de ambas as acções é reduzir a população mundial para números que sejam mais fáceis de controlar (https://larouchepac.com/green-fascism).
Se os países BRICS (que não fazem parte deste conluio) tiverem possibilidades de investir dinheiro suficiente no projecto ITER (https://www.rt.com/shows/technology-update/new-energy-unlimited-power-710/), poderemos ter a fusão nuclear mais cedo. Caso contrário, só quando se acabar de destruir a sociedade que temos, para dar lugar à pretendida pelas elites ocidentais, é que irá aparecer a energia de fusão.
Que o petróleo e os restantes hidrocarbonetos estão a acabar, é um facto aparente...
E, que isto representa um sério problema, cujos efeitos já se começam a sentir, é também um facto que, para além de aparente, é mesmo muito preocupante.
Mas, quer isto dizer que os próximos tempos não poderão ser outra coisa, que não negros?
Não exactamente...
Existe uma possível fonte de energia alternativa, mesmo muito rica - e que recorre a fontes abundantes - que, embora seja há já muito tempo conhecida, não foi ainda dominada, ou controlada - mas, na qual muita gente deposita a sua esperança. E, a fonte de que falo, é a chamada "energia de fusão".
Fazendo uma breve introdução a este tema...
Existem dois tipos de reacções nucleares que libertam uma energia imensa. E, são estas: a fissão nuclear (quando se dividem/quebram os núcleos dos átomos em partes mais pequenas) e a fusão nuclear (quando se unem/fundem núcleos de átomos, para formar novos átomos maiores).
Quanto à fissão, foi a reacção que foi usada nas primeiras bombas nucleares (que foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki) e é a reacção que é usada nas actuais centrais nucleares.
No que toca à fusão, para além de ser a reacção que está na origem do calor e da luz solares que recebemos na Terra (em que átomos de hidrogénio, no Sol, estão constantemente a fundir-se, formando novos átomos de hélio) é a reacção que é actualmente usada na nova geração de armas nucleares (que usam uma mistura de reacção de fissão seguida de uma de fusão - e que faz com que actualmente o nome para designar tais armas seja "termonucleares") enquanto que, no que toca ao uso desta reacção para fins de produção controlada e contínua de energia, ao contrário da fissão, é este um processo que não foi ainda conseguido, ou dominado.
Mas, quanto ao qual muita gente pensa ser possível fazê-lo - e, muito mais importantemente, relativamente ao qual já tem havido alguns sérios progressos.
Sendo de assinalar, para além da recente intenção declarada da Rússia, de construir uma nova geração de centrais que utilizam, ao mesmo tempo, fissão e fusão nucleares no seu processo de produção de energia, o recente anúncio, da parte de um dos mais importantes fabricantes estadunidenses de armamento militar, do possível fabrico de um reactor de fusão já na próxima década e o muito interessante projecto internacional, que já teve início, chamado ITER (do inglês "International Thermonuclear Experimental Reactor"), sobre o qual o canal televisivo RT fez uma grande reportagem.
Se quiserem uma introdução mais elaborada sobre este assunto, podem ver a seguinte palestra, dada numa recente conferência do Instituto Schiller, do Movimento LaRouche, ou então espreitar esta série de dois pequenos vídeos.
E, se quiserem algumas explicações mais detalhadas sobre a ciência que está por trás disto, podem espreitar os vários vídeos que a equipa científica deste movimento tem no seu canal no YouTube.
Quanto às implicações do desenvolvimento desta tecnologia...
Elas vão muito mais além de poderem resolver os actuais problemas energéticos.
A ser bem-sucedida a tentativa de desenvolver esta forma de energia, tal será o princípio de uma Nova Era para a Humanidade.
Uma espectacular e maravilhosa Nova Era em que se poderá eliminar a pobreza e a fome na Terra, assim como quase todos os problemas relacionados com a falta de recursos. Pois, com uma fonte de energia tão rica, poderia, por exemplo, facilmente converter-se água do mar em água potável, levar água a zonas onde actualmente não é possível praticar a agricultura, resolver quase todos os problemas de poluição, através da decomposição dos elementos poluentes, resolver o problema da escassez de outros recursos, através da criação artificial dos mesmos... Enfim. Seria o princípio de uma verdadeira utopia de energia imensamente abundante e um enorme empurrão para o espectacular desenvolvimento científico e tecnológico que se adivinha...
(Já repararam em como em alguns filmes de "ficção científica", que aparentam ser feitos para "mentalizar" as pessoas para o que aí vem, se começam a fazer referências a esta forma de energia?... Não deverá esta componente lá estar por acaso... E, se quem quase tudo controla, no topo - incluindo a indústria cinematográfica - e de tudo está a par, coloca este tipo de elementos nos argumentos, não deverá ser por serem tais pessoas propriamente cépticas em relação a isto...)
Sobre a mais abrangente questão energética em que se insere o possível surgimento desta nova alternativa e os problemas que existem com a manifesta falta de vontade de desenvolvimento da mesma (pelas suas óbvias implicações imensamente libertadoras) podem ver a muito boa palestra que se segue, dada numa outra conferência do Instituto Schiller, onde é feita a muito importante revelação de que há um subfinanciamento propositado da pesquisa sobre esta forma de energia, por parte de organismos públicos, e na qual é denunciado que "há cientistas que perdem o seu financiamento por serem bem-sucedidos na fusão" e que "há tecnologia que é tornada secreta".
O que leva a concluir que o facto de a mesma não ter sido ainda desenvolvida pelos governos ocidentais "é uma intenção política e não um desafio científico", tal como é dito.
Uma interessante homenagem, prestada pelo curioso Instituto Schiller, do Movimento LaRouche, exactamente 50 anos após uma outra que foi feita na mesma Catedral da Santa Cruz, de Boston.