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Eu não vejo qualquer tentativa de agressão. Apenas uma acesa troca de palavras, da parte de António Costa.
Também, servindo isto para retratar Costa como alguém que se exalta quando se fala da tragédia de Pedrógão Grande e (segundo as palavras do próprio, logo após a altercação) como alguém que é vítima de ataques com argumentos falsos, por parte da suposta Direita...
Juntando tal à muito conveniente coincidência disto ter acontecido o mais próximo possível do dia da votação...
É caso para perguntar: "Cui bono?"
(Com tantas coisas graves que podiam ter sido ditas sobre Pedrógão Grande, foi logo este personagem suspeito, que quer ocultar a sua identidade, escolher uma acusação destas?!)
(https://blackfernando.blogs.sapo.pt/abby-martin-do-breaking-the-set-da-rt-a-54364)
Claro que são de difícil acesso...
Pois, se fossem de fácil acesso (e também pequenas dimensões) poderiam os normais bombeiros lidar com o incêndio em causa - e não haveria provavelmente necessidade de meios aéreos.
Ainda este Verão, estive a assistir, com os meus próprios olhos, ao uso de meios aéreos (aviões e helicópteros) para apagar um incêndio naquela que é exactamente uma das zonas de mais difícil acesso de todo o concelho onde estava (uma arriba, que possui vegetação inflamável).
Incêndio esse que, nada surpreendentemente, foi depois explicado como tendo origem em mais um fogo posto...
Faz hoje um ano que a reportagem da TVI intitulada "A Máfia do Pinhal" (na qual é dito que o grande incêndio ocorrido no Pinhal de Leiria, em 2017, terá sido obra da indústria madeireira) foi exibida.
E, passado um ano inteiro, nenhum caso de Justiça surgiu em consequência do que é supostamente denunciado nesta reportagem...
Sou eu o único a achar que a jornalista Ana Leal, da TVI (que, ao aceitar trabalhar para uma estação de televisão destas, revela logo possuir uma inteligência limitada) foi enganada com o que serão falsos testemunhos, de pessoas que (muito convenientemente) não dão a cara e que contam uma história com várias inconsistências?
(Afinal de contas, os supostos testemunhos são material suficiente para um caso que acabe em Tribunal. Logo, por que razão não temos tal caso a surgir na Justiça? Por acaso, foram tais supostas testemunhas entretanto mortas, por terem sido estúpidas ao ponto de anunciar previamente o que podiam também denunciar às entidades judiciais? Por que razão denunciam elas isto à estação de televisão TVI - mas, aparentemente, não à Justiça?)
Sou também eu o único a achar que tudo isto terá sido uma maneira de desviar a atenção do conteúdo da anterior boa reportagem que a mesma jornalista da TVI fez - essa sim, que aponta o dedo aos que deverão ser os verdadeiros culpados de grande parte desta série de incêndios?
(E, sobre o outro maior incêndio que ocorreu no mesmo ano... Que conveniente foi que tenham as autoridades decidido esperar 2 horas(!) antes de accionar os meios aéreos em Pedrógrão Grande - dando tempo ao fogo para muito se alastrar e consequentemente necessitar de um muito maior trabalho de combate ao mesmo... Também, que conveniente foi que a Polícia Judiciária se tenha logo apressado a apontar uma causa falsa para tal grande fogo - e tenha, deste modo, evitado o que teria sido uma enorme revolta popular, face a um incêndio que se insere numa já cansativa série de fogos florestais que toda a gente sabe serem na sua maioria de origem criminosa...)
[Nota importante: Eu não enuncio, propositadamente, as restantes inconsistências na reportagem de que falo (para além das principais e muito óbvias, relativas aos supostos testemunhos, que menciono) para com isto tentar estimular alguns neurónios e desenvolver algum sentido crítico, entre quem isto leia. Mas, como é num país de gente muito [explícito] que sei que vivo, já sei que quase ninguém irá ser capaz de topar as mesmas - e também que iremos eternamente assistir a este estranho fenómeno de quem, por sua livre vontade, vota em quem é claramente cúmplice em atentados contra o património nacional e, muito mais importantemente, contra a vida de todos.]
Ora aqui está algo que nunca pensei vir a fazer neste blogue(!) - recolocar aqui informação oriunda de um órgão de comunicação de massas português como assunto principal de uma colocação.
Finalmente, a imprensa controlada fez uma reportagem decente sobre o assunto... (Certamente, porque os interesses que estão por trás disto não fazem então parte de quaisquer elites - i.e. de verdadeiramente grandes interesses económicos - e são por isso "arraia-miúda" que se pode denunciar...) Mas, no país que temos, é quase garantido que não vai ninguém ser preso por causa disto, ainda que morram mais centenas de pessoas.
Reparem em como foi, especificamente, a TVI - que é controlada por interesses estrangeiros - quem trouxe esta informação a público... Pois, nas outras principais estações de televisão, RTP e SIC, assim como nos restantes meios de comunicação de massas nacionais, a reacção habitual é, essencialmente, ou (1) de silêncio ou (2) de desvio de atenções para a indústria madeireira - que, com estes repetidos incêndios, saberão os mais atentos e melhor informados que tem perdido enormes quantidades de matéria-prima para a sua indústria.
Quem tenha pesquisado com alguma profundidade sobre a temática das sociedades secretas, saberá que é no decorrer do trajecto universitário que, por norma, é alguém recrutado para as mesmas - quando, de entre os seus colegas, alguém dá provas de possuir superior inteligência e capacidade de trabalho. E, a confirmar o que eu digo, temos por exemplo o seguinte excerto, de um artigo sobre o lançamento recente de um livro sobre a Maçonaria em Portugal:
"Na maçonaria, o recrutamento acontece (...) sobretudo no terreno fértil das faculdades e das juventudes partidárias. (...) O importante é assegurar que a rede de influência em sectores-chave da sociedade nunca perde vitalidade. (...) A maçonaria revela muito mais interesse pelas universidades do país, porque convém a esta organização atrair novos elementos que tenham já dado provas de que o sucesso profissional está garantido."
--- Jornal "i", sobre o livro O Fim dos Segredos de Catarina Guerreiro
Ora, tendo obviamente tal conhecida sociedade secreta preferência por quem é mais promissor, será de esperar que, entre os recrutados, haja aqueles que mais tarde obtêm posições de destaque nesse mesmo meio universitário - nomeadamente, entre o corpo docente e entre quem é eleito pelo mesmo para as reitorias destas universidades, certo? (E, consequentemente, assim que se instalem maçons dentro destes mesmos órgãos dirigentes, é de esperar que os que já lá estão dêm preferência a quem é membro desta sociedade, quando se trata de admitir novos docentes para tais universidades, certo? E, com o passar do tempo, facilmente dá para ver em que sentido é que tudo isto evolui, certo? Aliás, quem é que acham vocês que está atento e dá indicações para que se recrutem os alunos que se destacam?)
Tendo isto em conta, reparem então no seguinte, relativamente à composição da suposta "Comissão Técnica Independente", formada por 12 pessoas, que produziu o relatório sobre os incêndios na zona de Pedrógão Grande:
- Metade dos nomeados foram-no pelos partidos políticos com assento parlamentar
- A outra metade foram-no pelo "Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas"
Juntando o que eu digo e é também reportado, sobre a Maçonaria, com o facto de que a maior parte dos partidos com assento parlamentar são partidos controlados pelo poder estabelecido (incluindo o Bloco de Esquerda) e o facto de que foi um partido do sistema, o PSD, quem propôs que se formasse esta Comissão...
Acham mesmo que esta Comissão é verdadeiramente "independente"?
E acham, por isso, que podemos acreditar no que diz esta Comissão?
(Aliás, por extensão... Acham que os corpos docentes e respectivos dirigentes das universidades deste país são instituições nas quais podemos confiar, para o que quer que seja?)
Nota de interesse: O último estabelecimento de ensino em que eu estive inscrito (uma faculdade pública desta amostra de país) tem agora um departamento inteiro dedicado ao suposto estudo e também à emissão de proganda sobre a impostura científica das "alterações climáticas". As mesmas "alterações climáticas" que são mencionadas no relatório desta suposta comissão "independente". (Como eu digo na minha colocação anterior... Podemos confiar, no que quer que seja, hoje em dia, que seja oriundo do Estado?)
Outra nota de interesse, esta para compreender o que eu aqui estou a insinuar: Por ser a cultura portuguesa uma não tão sofisticada, não existe termo equivalente na nossa língua. Mas, para quem souber ler inglês, procure informar-se sobre o que é uma "whitewash".
Ora, veio ontem dizer o director nacional da Polícia Judiciária (PJ), perante todo o país, que não têm sido encontrados indícios que associem o fogo posto ao crime organizado.
(Fotografia tirada desta página da TVI, com o vídeo das declarações em causa.)
E, venho eu dizer, neste meu humilde blogue, que isto não é bem assim... E, passando a explicar o que quero eu com isto dizer...
Primeiro que tudo, sobre a credibilidade deste director e da sua instituição, é preciso lembrarmo-nos de que foram estes os mesmos que, logo após a tragédia de Pedrógrão Grande, prontamente vieram dizer que tinham (rapidamente) descoberto que a causa do fogo tinha sido a queda de um raio. Coisa que, depois se veio a saber ser <mentira>. (E, pessoalmente, num incêndio de tão grandes dimensões, achei mesmo muito estranho como é que era possível alguém descobrir, com certeza, tão rapidamente a causa do mesmo - e vir logo dizê-lo ao país inteiro...)
Segundo, as pessoas que realmente se preocupam com este fenómeno dos fogos postos, já têm dito em debates televisivos que os engenhos usados para provocar um incêndio (quando se tratam de actos planeados, não cometidos por pirómanos ou outras pessoas doentes) são artefactos que se autodestroem no momento da combustão/explosão - e, como tal, não deixam vestígios da sua existência. Por isso, se é estar à procura de provas físicas de mão criminosa nestes incêndios o que quer dizer o acutal director da PJ, quando fala em não conseguir detectar crime organizado... Não é por aí que, a existir, terá o mesmo de ser apanhado... Como em qualquer crime, a pergunta que se deve fazer é: "Cui Bono?" E, a partir daí, procurar por ligações entre as entidades que beneficiam destes incêndios e quem é apanhado a ateá-los ou que é suspeito de tal.
Terceiro, essa cara de domesticado e submisso (como quem recebe ordens fortes vindas de cima), conjuntamente com o constante olhar para baixo e incapacidade de olhar os entrevistadores nos olhos - aos quais se junta a típica colagem de factos/argumentos, que nada têm a ver com o assunto, para tentar apoiar o que se diz, que costumam fazer os políticos - não inspira mesmo confiança nenhuma quanto à sua honestidade, senhor director da PJ... (Vídeos <aqui> e <aqui>.)
Mas, indo ao que, de mais importante, eu quero aqui dizer... Deixo então, em baixo, a seguinte informação - para a qual anteriormente já deixei, neste blogue, uma hiperligação - mas agora, apenas sob a forma de um excerto, especificamente sobre o que interessa para este caso, em particular, das afirmações do actual director nacional da PJ.
Dizia eu, há uns anos, sobre o que sei do facto de muitos destes fogos serem postos, o seguinte:
Pessoalmente, já tive conhecimento de:
- Um caso, no sul do país, a que assistiu alguém que conheci, em que foi visto algo ser atirado por uma aeronave que passou e depois começou um incêndio no mesmo local.
- E de um parque natural, neste país, aonde eu me deslocava frequentemente, num trabalho de voluntariado, em que um incêndio teve início, a meio da noite, pelo que me lembro em 7(!) locais diferentes e onde, no decorrer do qual, alguém foi apanhado no local por militares e depois de algumas agressões confessou ter provocado o incêndio a mando de outrem.
(Ora, sendo eu uma pessoa mesmo muito anti-social, que pouco viaja por este país e que se relaciona com mesmo muito pouca gente...)
Se eu sei disto, não haverá muito mais gente, neste país, que saiba de histórias iguais ou semelhantes?
E, não são estes indícios de crime organizado?!
Já agora... Que tal deixarmos de ligar - ou de dar credibilidade alguma - ao que dizem os vários órgãos do Estado (que, sendo quem dá o dinheiro dos contribuintes às empresas privadas de combate aos fogos, poderá estar envolvido em tudo isto) e passarmos antes a prestar muito mais atenção ao que têm a dizer as pessoas que nada terão a ganhar com tudo isto?
(Estando este blogue de férias, esta é apenas uma colocação de "ensaio" - e que não seguirá o meu habitual estilo de publicação, de incluir hiperligações com as provas do que digo. Mas, de qualquer modo, o que a seguir afirmo são coisas que têm sido ditas na imprensa controlada nacional - mais propriamente, em entrevistas e debates televisivos que já pude apanhar.)
Primeiro que tudo, um muito importante dado estatístico:
O número de ignições por habitante em Portugal é 10x superior ao dos outros países europeus. (10x!)
E, dito isto, passemos ao que tenho a apontar...
No início do mês passado, ao ligar o meu computador, deparei-me com uma notícia na secção "ZAP Notícias" do portal aeiou.pt a dizer "Preço da madeira queimada não para de cair. Quem ganha com os fogos?" - no que é claramente mais uma demonstração de estupidez (ou cumplicidade) por parte da vergonhosa classe jornalística portuguesa, perante as repetidas desgraças que ocorrem neste país, causadas pelos incêndios florestais...
Ora, queriam com isto obviamente lançar a suspeita de que será a indústria madeireira quem lucra com estes fogos - e, por isso, quem poderá estar por trás dos mesmos... Mas, recorrendo a uma lógica mesmo muito simples - e que a classe jornalística portuguesa não é capaz de (ou que, conscientemente, não quer) usar - analisemos o que é sugerido nas entrelinhas.
Se fosse a indústria madeireira quem ganhasse significativamente com estes incêndios florestais, teríamos obviamente o mesmo fenómeno, de fogos constantes durante o Verão e não só, a ocorrer em toda a restante Europa (que também tem zonas florestais) certo? E, se isto não acontece, é porque alguma coisa distingue Portugal dos restantes países europeus...
Logo, temos de fazer a muito importante pergunta:
O que distingue Portugal, em termos de incêndios florestais, dos restantes países europeus?
(Já viram que pergunta difícil é de se fazer? Nem com um curso de jornalismo é alguém capaz, de tão complicado que é chegar à mesma...)
E, a resposta óbvia é:
O facto de serem empresas privadas quem combate (e lucra imensamente com) estes mesmos fogos.
Na quase totalidade ou maior parte (não consigo saber exactamente, porque a imprensa controlada não investiga isto) dos restantes países europeus, são as forças do próprio Estado quem combate os fogos florestais - e, deste modo, não há empresas privadas que tenham interesse em que estes ocorram, para depois poderem combatê-los.
A indústria madeireira já se tem defendido, dizendo que não lucra com estes fogos - pois, a madeira que daí advêm é de má qualidade e não pode ser usada para pasta de papel ou para mobília de qualidade. Pelo contrário, o que estes incêndios representam, é uma grande perda de matéria-prima para essa mesma indústria. (E, reparem em como muitas vezes são as próprias fábricas da indústria madeireira que, por se situarem em zonas florestais, são afectadas por estes mesmos incêndios!...) O único uso significativo que se poderá dar à madeira queimada, é usá-la para contraplacados - que, entre outras coisas, integram mobília de baixa qualidade.
Ora, quem compra esta mobília de baixa qualidade são as classes mais baixas - que, com a dita "crise", já nem dinheiro para estar a comprar mobília têm. E, não estou a ver uma economia nacional de tal modo vibrante - no decorrer desta suposta "crise" - que justifique que fosse a restante indústria que produz e usa contraplacados - e que tem cada vez menos clientes - pôr o seu próprio país a arder - e, com isso, reduzir o poder de compra dos seus potenciais clientes...
Resumindo: O preço da madeira queimada "não pára de cair" para valores tão baixos, porque ninguém a quer comprar!
Quem, inquestionavelmente, lucra muito com tudo isto são as empresas privadas de combate aos fogos. Pois, embora os valores que são pagos às mesmas sejam sempre, muito convenientemente, omitidos pela imprensa controlada, se há pilotos que deixam de fazer as suas preciosas férias de Verão para andar (a arriscar a sua vida) a combater estes fogos, é porque certamente um muito bom salário recebem para tal. Ou seja, é porque muito dinheiro têm tais empresas para lhes pagar, por receberem muito dinheiro da parte do Estado para combater tais incêndios. Tão simples como isso.
O facto da imprensa controlada, neste país, estar constantemente a apontar (de forma implícita) o dedo (e, com isto, a desviar as atenções) para a indústria madeireira - ao mesmo tempo que quase nunca aponta esse mesmo dedo para a indústria de combate aos fogos (e, muito importante, nunca revela que valores recebe e quanto lucra esta indústria para combater estes fogos) - é, logo em si, muito revelador de que há aqui uma muito importante ligação, pela qual passam enormes fluxos monetários, que é constante, consciente e muito convenientemente escondida.
Restando a nós fazer a pergunta: Porquê?
(E, também muito importante, reparem em como o governo imediatamente mentiu sobre a ocorrência, ou não, de um acidente com um piloto de helicópteros de combate aos incêndios e sobre a causa do incêndio em Pedrógrão Grande. Há, claramente, uma intenção de tentar minimizar a percepção pública das desgraças consequentes destes incêndios florestais, para impedir que surja um sentimento de revolta com as mesmas. Pois, tal Revolta poderá levar a que se investigue seriamente quem é que anda a dar ordens aos incendiários que têm sido apanhados.)
Uma pergunta que fiz, a propósito da notícia de que o governo criou um sítio na Internet, onde irá organizar a recolha - e detalhar o encaminhamento - dos donativos feitos aos sobreviventes dos incêndios na zona de Pedrógão Grande.
Um sistema de emergência (montado por mais uma "parceria público-privada") que, repetidamente, não funciona e que tem agora como resultado (visível) uma grande tragédia.
Um grande falhanço (e consciente negligência) da parte do poder estabelecido, que resulta num grande número de mortos.
Uma onda de revolta, por parte de quem é vítima (de facto e potencial) de tudo disto?
Não, nada disso... Pois, o povo é manso, fácil de enganar e distrai-se com outras coisas.
Produz-se um relatório, da parte da própria entidade que falhou, a dizer que nada de grave se passou e publicam-se também os resultados de um suposto estudo, feito pelo próprio governo por isto responsável, a dizer que a população continua a apoiar o governo.
(Tudo análises de inquestionáveis imparcialidade e veracidade, reportadas por uma imprensa que sempre estará longe de chamar a atenção para o ridículo destas publicações...)
Do lado "racional" estão as coisas "resolvidas". Passemos então ao lado emocional.
Toca a emitir reportagem atrás de reportagem televisiva, de estilo semelhante a um "docudrama", a focar-se no lado emocional da tragédia - includindo a grande onda de compaixão e solidariedade que esta catástrofe gerou - para, deste modo, calar o (muito indesejável) lado racional (que estaria realmente interessado em saber quem, e o que é, que falhou, para apurar responsabilidades) e toca a organizar também um grande concerto musical, que inclua uma grande operação de angariação de fundos, para ser transmitido por todos os principais canais televisivos nacionais, a apelar repetidamente ao cultivo deste lado emocional, para que se sobreponha a tudo o resto.
Pronto, já está. Os portugueses são um povo muito solidário e devem sentir-se muito bem por isso.
Continuem a roubar e a enganar o povo, nem que daí venham mais mortes.
Venham as próximas tragédias.
(E, agora que também chega ao fim mais uma chamada "época de incêndios", deixo aqui a hiperligação para um comentário que fiz, há dois anos, no blogue do meu amigo Dr. Octopus, sobre dois factos de que tive conhecimento pessoal e que confirmam o que muita gente suspeita, de que muitos destes incêndios são, de facto, fogos postos que têm, aparentemente, objectivos monetários por trás dos mesmos.)
http://octopedia.blogspot.com/2012/09/o-negocio-dos-incendios- em-portugal.html?showComment=1346790032473 #c4855280521296824803