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Querem mesmo aderir à "Internet das Coisas"?

16.03.19

smarthome.png

Eu nem vou falar da quantidade de coisas muito estranhas que têm acontecido em equipamentos informáticos e de telecomunicações meus, desde que me tornei politicamente activo...
E irei, em vez disso, partilhar apenas um comentário que hoje fiz, a mais uma colocação da parte de alguém que se mostra entusiasmado com o surgimento da dita "Internet das Coisas", seguido de uma hiperligação para uma notícia que fala sobre o que aconteceu, há uns anos, a alguns activistas que tinham importantes trabalhos "anti-sistema" nos seus computadores.

 

Nada que esteja ligado à Internet pode ser considerado realmente “seguro”... Mas, apenas capaz de proteger alguém contra criminosos comuns.

A começar pelo hardware, é sabido que a maioria dos computadores que usamos já vêm com um firmware/BIOS equivalente a um sistema operativo paralelo, embebido nas placas-mãe dos mesmos (e com a capacidade de usar componentes do computador e muitas vezes também de se ligar à Internet), cujo código-fonte é desconhecido (https://libreboot.org/faq.html#intel). O que nos leva a interrogar sobre como funcionarão então todas as outras placas-mãe de “hardware proprietário” (e não também “open source”) com firmwares e chips desconhecidos.

E, qualquer encriptação que se use em comunicações via Internet (como, por exemplo, para o descarregamento de software a ser instalado) não é inquebrável. Mas sim, quebrável apenas com uma capacidade de processamento que não está ao alcance do comum cidadão. E, o que diz quem já trabalhou para um dos serviços secretos estadunidenses, é que o seu governo já possui supercomputadores capazes de desencriptar quase todo o tipo de comunicações usadas, incluindo em tempo real (https://www.youtube.com/watch?v=Z1O7Ftm3nBg#t=20m30s).

Logo, nada do que irá ser implementado irá impedir que o Grande Irmão ocidental, denunciado por Edward Snowden e outros, entre pelos nossos equipamentos dentro – sendo esta nova “Internet das Coisas” um meio e um modo perfeitos para tal Grande Irmão, não só espiar ainda mais as pessoas, como também controlar mais aspectos das suas vidas.

Vejam, por exemplo, um filme que anda a ser passado na TV por cabo, que retrata o pesadelo em que tudo isto se pode/irá tornar, chamado I.T. (https://www.imdb.com/title/tt2679552/) – e pensem duas vezes se querem mesmo ligar tudo o que têm à Internet...

 

***

 

As viruses attack their computers, the eco-activists ask themselves: “could we be seeing ghosts?

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colocado por Fernando Negro às 18:52

O conceito de "bugdoor" explicado num filme da série "Star Wars"

20.05.18

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Há anos que eu ando a avisar a comunidade e o movimento do Software Livre de que, o facto do código-fonte dos vários programas e sistemas operativos ser aberto não é, por si só, uma garantia de relativa segurança... Pois, se o facto de ser conhecido o código-fonte de um software elimina praticamente a possibilidade de se colocarem nele "portas dos fundos" (ou "backdoors") sem estas serem detectadas, ainda que seja todo o código capaz de ser inspeccionado, isso não quer dizer que não possa o mesmo ter grandes falhas de segurança.
O que eu estou aqui a dizer não é propriamente uma novidade, é certo. Pois, sejam elas pequenas ou grandes, falhas de segurança são repetidamente descobertas, por terem sido inadvertidamente criadas pelos autores do Software Livre em causa.
Mas, e se forem tais falhas criadas propositadamente?
É aqui que entra o conceito de "bugdoor" (em oposição ao de mero "bug").
Imaginemos que somos alguém que quer sabotar o seguro funcionamento de um sistema operativo ou mero programa, mas não podemos simplesmente colocar uma "backdoor" no mesmo, por ser o código-fonte passível de ser inspeccionado por quem vai usar tais sistema operativo ou programa.
Não há então possibilidade de se instalar uma "backdoor" sem esta ser detectada?
Muito bem, cria-se então uma "bugdoor"...
Isto é, cria-se (propositadamente) uma falha algures no sistema que queremos tornar vulnerável - mas, uma falha quase que escondida numa parte particularmente complexa do software, que torne a sua detecção tão difícil quão complexa seja essa mesma parte do software.
Soa rebuscado?
Não sou apenas eu que consigo pensar numa coisa destas (e, recorrendo à lógica elementar, concluir que, se consigo eu lembrar-me disto, certamente que conseguem também os inimigos da Privacidade e da Segurança fazer o mesmo). Pois, este mesmo exacto conceito acaba de ser revelado num filme de ficção, que faz parte de uma muito conhecida série de cinema.
E, assim sendo, convido então todos os que queiram saber mais do que estou eu a falar a verem (ou se informarem sobre a essência da história de) o filme Rogue One: Uma História de Star Wars - e a compararem depois o que nele é descrito com os avisos que já fazia eu <aqui>, <aqui><aqui> e também <aqui>.

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Muito melhor do que o filme, de mais de 2 horas, de Oliver Stone sobre Edward Snowden...

08.08.17

É a entrevista, de pouco mais de 20 minutos, feita pelo filho deste mesmo realizador, Sean Stone, ao jornalista de investigação Jon Rappoport - em que o último faz a sua própria (e inteligente) análise do sucedido (que poderá ter sido confirmada por Daniel Estulin).



(Pois, tal como é o caso de Mike Norris e de Tyrel Ventura, faz Sean Stone parte de uma nova geração, melhor informada do que a precedente sobre as mais importantes questões políticas.)

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colocado por Fernando Negro às 11:46

Caso Snowden

15.06.13

Tal como no caso da organização WikiLeaks, parece que não sou o único a quem tudo isto desperta algumas suspeitas... (As quais, no caso da WikiLeaks, se vieram depois a confirmar.)
E, encontrei hoje um texto, escrito por uma muito boa autora que conheço - e de que, maioritariamente, gosto - em que esta lista ainda mais motivos, para além dos que eu próprio já tinha, para suspeitar de toda esta (tão publicitada) história...
Da minha parte, faço já os acrescentos que tenho a fazer à lista que, a seguir, republico.

i) Quem está a chamar a atenção para o caso Snowden? (A imprensa controlada. E, desde quando é que a imprensa controlada funciona de modo prejudicial aos interesses que serve?)
 

j) Quem revelou todo este caso? (A imprensa controlada. E, caso fosse este um assunto verdadeiramente incómodo para o poder estabelecido, não teria esta avisado os seus amos, de modo a que não pudesse este suposto agente falar e a que nunca ninguém soubesse deste caso?)
 

k) Sendo o objectivo final um Estado Policial, terá de haver uma altura em que este se tenha de assumir como tal e em que não possa mais esconder a sua verdadeira natureza. E, para que chegue essa altura, terá de haver uma inicial em que este mesmo se comece a revelar publicamente. Ora, assim sendo, o a que poderemos estar a assistir é, então, ao início dessa mesma revelação pública. (Que, aliás, nem é nenhuma verdadeira revelação, para quem é inteligente e está bem informado, através da imprensa alternativa, que tem vindo a denunciar casos tão graves, ou ainda piores - [1] [2] - que não têm sido sequer divulgados pela imprensa controlada...)

Naomi Wolf: My Creeping Concern That The NSA Leaker Is Not Who He Purports To Be

June 15th, 2013

I’m still waiting for Snowden to release something, anything, that hasn’t been intuitively obvious to me for at least the past 15 years, and confirmed as fact since 2006/7 (Klein/Room641A).

If Snowden is the real deal, why are we having to contend with the corporate media censors to decide which sections of the documents we get to see and which ones we don’t?

Snowden, if you’re out there, what happens to the encrypted emails that come across the wire? Or, how does NSA run man in the middle attacks on SSL sessions? (Don’t hold your breath waiting for answers to these questions.)

Anyway, this spectacle is far from over. I’d suggest keeping your dial set somewhere between outright cynicism and ambivalence going forward.

Via: Facebook / Naomi Wolf:

I hate to do this but I feel obligated to share, as the story unfolds, my creeping concern that the NSA leaker is not who he purports to be, and that the motivations involved in the story may be more complex than they appear to be. This is in no way to detract from the great courage of Glenn Greenwald in reporting the story, and the gutsiness of the Guardian in showcasing this kind of reporting, which is a service to America that US media is not performing at all. It is just to raise some cautions as the story unfolds, and to raise some questions about how it is unfolding, based on my experience with high-level political messaging.

Some of Snowden’s emphases seem to serve an intelligence/police state objective, rather than to challenge them.

a) He is super-organized, for a whistleblower, in terms of what candidates, the White House, the State Dept. et al call ‘message discipline.’ He insisted on publishing a power point in the newspapers that ran his initial revelations. I gather that he arranged for a talented filmmaker to shoot the Greenwald interview. These two steps — which are evidence of great media training, really ‘PR 101? — are virtually never done (to my great distress) by other whistleblowers, or by progressive activists involved in breaking news, or by real courageous people who are under stress and getting the word out. They are always done, though, by high-level political surrogates.

b) In the Greenwald video interview, I was concerned about the way Snowden conveys his message. He is not struggling for words, or thinking hard, as even bright, articulate whistleblowers under stress will do. Rather he appears to be transmitting whole paragraphs smoothly, without stumbling. To me this reads as someone who has learned his talking points — again the way that political campaigns train surrogates to transmit talking points.

c) He keeps saying things like, “If you are a journalist and they think you are the transmission point of this info, they will certainly kill you.” Or: “I fully expect to be prosecuted under the Espionage Act.” He also keeps stressing what he will lose: his $200,000 salary, his girlfriend, his house in Hawaii. These are the kinds of messages that the police state would LIKE journalists to take away; a real whistleblower also does not put out potential legal penalties as options, and almost always by this point has a lawyer by his/her side who would PROHIBIT him/her from saying, ‘come get me under the Espionage Act.” Finally in my experience, real whistleblowers are completely focused on their act of public service and trying to manage the jeopardy to themselves and their loved ones; they don’t tend ever to call attention to their own self-sacrifice. That is why they are heroes, among other reasons. But a police state would like us all to think about everything we would lose by standing up against it.

d) It is actually in the Police State’s interest to let everyone know that everything you write or say everywhere is being surveilled, and that awful things happen to people who challenge this. Which is why I am not surprised that now he is on UK no-fly lists – I assume the end of this story is that we will all have a lesson in terrible things that happen to whistleblowers. That could be because he is a real guy who gets in trouble; but it would be as useful to the police state if he is a fake guy who gets in ‘trouble.’

e) In stories that intelligence services are advancing (I would call the prostitutes-with-the-secret-service such a story), there are great sexy or sex-related mediagenic visuals that keep being dropped in, to keep media focus on the issue. That very pretty pole-dancing Facebooking girlfriend who appeared for, well, no reason in the media coverage…and who keeps leaking commentary, so her picture can be recycled in the press…really, she happens to pole-dance? Dan Ellsberg’s wife was and is very beautiful and doubtless a good dancer but somehow she took a statelier role as his news story unfolded…

f) Snowden is in Hong Kong, which has close ties to the UK, which has done the US’s bidding with other famous leakers such as Assange. So really there are MANY other countries that he would be less likely to be handed over from…

g) Media reports said he had vanished at one point to ‘an undisclosed location’ or ‘a safe house.’ Come on. There is no such thing. Unless you are with the one organization that can still get off the surveillance grid, because that org created it.

h) I was at dinner last night to celebrate the brave and heroic Michael Ratner of the Center for Constitutional Rights. Several of Assange’s also brave and talented legal team were there, and I remembered them from when I had met with Assange. These attorneys are present at every moment when Assange meets the press — when I met with him off the record last Fall in the Ecuadoran embassy, his counsel was present the whole time, listening and stepping in when necessary.

Seeing these diligent attentive free-speech attorneys for another whisleblower reinforced my growing anxiety: WHERE IS SNOWDEN’S LAWYER as the world’s media meet with him? A whistleblower talking to media has his/her counsel advising him/her at all times, if not actually being present at the interview, because anything he/she says can affect the legal danger the whistleblower may be in . It is very, very odd to me that a lawyer has not appeared, to my knowledge, to stand at Snowden’s side and keep him from further jeopardy in interviews.

Again I hate to cast any skepticism on what seems to be a great story of a brave spy coming in from the cold in the service of American freedom. And I would never raise such questions in public if I had not been told by a very senior official in the intelligence world that indeed, there are some news stories that they create and drive — even in America (where propagandizing Americans is now legal). But do consider that in Eastern Germany, for instance, it was the fear of a machine of surveillance that people believed watched them at all times — rather than the machine itself — that drove compliance and passivity. From the standpoint of the police state and its interests — why have a giant Big Brother apparatus spying on us at all times — unless we know about it?

Naomi

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