Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


E assim se impede o desenvolvimento tecnológico de todo um país

08.12.17

othon.jpg

[Uma notícia do movimento LaRouche que aqui deixo, para quem tenha ainda dúvidas de que o golpe recentemente ocorrido no Brasil foi uma acção ordenada por interesses estrangeiros...]

 

"Minha prisão é um ataque aos BRICS": polemiza o legendário Almirante Othon da Silva

16 de novembro (EIRNS) - Nas últimas três semanas, o Almirante aposentado Othon Luiz Pinheiro da Silva, conhecido como "o pai do programa nuclear brasileiro", falou pela primeira vez desde que foi condenado - aos 76 anos - a 43 anos de prisão através de falsas acusações de corrupção, identificando seus inimigos como o "sistema internacional" que é inimigo de seu país.

Perguntado pelo semanário brasileiro Carta Capital sobre quem estava interessado em sentenciá-lo em 43 anos de prisão, o Almirante Othon respondeu: "Certamente, interessa ao sistema internacional preocupado com o fortalecimento de um dos países integrantes dos BRICS. Os brasileiros transnacionais, muito provavelmente, ficaram satisfeitos com o meu processo e a minha saída do cenário. Considero como brasileiros transnacionais aqueles que, embora tenham nascido neste belo país, gostariam de ser cidadãos de outros países, em particular dos Estados Unidos. Não dão importância aos grandes problemas e desafios nacionais, não se preocupam em resolvê-los e, às vezes, em proveito próprio, não se importam em agravá-los".

Em entrevistas posteriores para a Folha de São Paulo, em 7 de novembro, e ao Brasil 247, em 13 de novembro, o Almirante Othon disse estarem os Estados Unidos por trás de sua prisão, comentando que por "EUA" ele entende o "sistema que explora" o povo americano.

O Almirante foi sentenciado a morrer na prisão em 4 de agosto de 2016, menos de duas semanas antes da votação pelo senado brasileiro pelo impeachment da presidenta legítima do país, Dilma Rousseff, como parte da operação Lava-Jato, dirigida pela City de Londres e Wall Street no mesmo modelo feito com a operação Mãos Limpas, na Itália, que destruiu o sistema político daquele país, jogando aos chacais financeiros toda sua população.

Na entrevista com Carta Capital, o Almirante Othon se defende com maestria contra as ridículas acusações de corrupção, baseadas no "ouvir dizer" de testemunhas em delações premiadas, temerosas de irem para a cadeia. Ele contou sobre suas décadas de trabalho científico e de engenharia em prol de seu país, coordenando o "programa de desenvolvimento tecnológico que assegurou ao Brasil, com esforço nacional, o domínio das tecnologias de todos os aspectos estratégicos da energia nuclear", durante o qual ele estabeleceu o programa de treinamento que dotou centenas de engenheiros e cientistas nucleares para o Brasil. Na mesma época em que foi condenado aos 76 anos de idade, ele estava supervisionando a criação de um sistema de armazenagem de combustível nuclear altamente reativo desenhado por ele; participando de pesquisas para identificar vários tipos de novas usinas nucleares que o Brasil precisaria construir e, em fins de semana e feriados, trabalhando no desenvolvimento de uma familia de hidroturbogeradores integrados para muito baixas quedas-d’água.

O Almirante respondeu por escrito às perguntas de Carta Capital, logo após a Justiça Federal ordenar sua prisão domiciliar em 11 de outubro, em razão de seu delicado estado de saúde e uma operação recente contra um câncer de pele.

Autoria e outros dados (tags, etc)

A razão pela qual as próximas décadas vão ser mesmo muito más

06.07.17

georgia_guidestones.png

Um comentário que deixei num sítio na Internet sobre as novidades no campo da informática e também sobre novas tecnologias, que veio no seguimento de uma colocação que foi feita sobre a energia de fusão - no final da qual o autor perguntava às pessoas se achavam que iríamos ter este tipo de energia já disponível daqui a pouco mais de uma década.
Quem quiser, pode também consultar os restantes comentários à colocação em causa, para mais explicações, que eu lá deixei, sobre o que se passa em torno de tudo isto.

 

Fernando Negro 4 de Julho de 2017 às 16:07

«Um pouco de pressão e uma competição saudável seria o necessário para ter a motivação suficiente para que este prazo se cumpra.»

Mentira. A fusão nuclear já podia até ser uma realidade, não fosse o constante subfinanciamento consciente de projectos governamentais no Ocidente – e o encerramento dos mesmos, quando estes têm sucesso (https://www.youtube.com/watch?v=Wbtj29ERG-Y).

A fusão nuclear está a ser propositadamente adiada pelas mesmas pessoas que andam a propagandear a mentira do “aquecimento global” antropogénico (https://www.youtube.com/watch?v=bSAgCFLgaVI). E, o objectivo de ambas as acções é reduzir a população mundial para números que sejam mais fáceis de controlar (https://larouchepac.com/green-fascism).

Se os países BRICS (que não fazem parte deste conluio) tiverem possibilidades de investir dinheiro suficiente no projecto ITER (https://www.rt.com/shows/technology-update/new-energy-unlimited-power-710/), poderemos ter a fusão nuclear mais cedo. Caso contrário, só quando se acabar de destruir a sociedade que temos, para dar lugar à pretendida pelas elites ocidentais, é que irá aparecer a energia de fusão.

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 12:11

Os BRICS *não* são uma falsa oposição à Nova Ordem Mundial

13.12.15

brics.jpgPara quem esteja consciente da falsidade desta história do "aquecimento global" e não compreenda, então, por que razão países não controlados pelo Ocidente foram também assinar algo como o recente Acordo de Paris, (para além do que já dizia eu, no final da minha anterior colocação) a explicação é bastante simples...
O que estamos a assistir, é a uma adopção camuflada de algo semelhante ao que era proposto pelo geólogo Colin Campbell e pelo ecologista Richard Heinberg, intitulado de "Oil Depletion Protocol".
O mundo está, inevitavelmente, à beira de um Colapso, derivado do fim das principais reservas energéticas existentes. E, se não querem os diferentes países do Mundo que tal Colapso ocorra de forma descontrolada, com todos a lutar uns com os outros pelos recursos que restam, a solução mais inteligente - e que mais convém a todos - é que se faça um racionamento de tais recursos energéticos, com quotas a serem atribuídas aos diferentes países, consoante as necessidades de cada um. Pois, o caos é algo que não interessa a ninguém nesta planeta. Seja para governos que, como no caso dos BRICS, realmente se preocupam com o bem-estar (em diferentes graus) dos seus cidadãos, seja até para quem, como no caso do Ocidente, quer implantar um Estado Policial. Pois, o caos é sinónimo de perda de controlo por parte de todos estes governos - e também de total imprevisibilidade, que pode afectar também quem faz parte dos diferentes poderes estabelecidos.
Como tal, não há alternativa racional a um qualquer acordo deste tipo... E, ainda que haja governos, como no caso dos BRICS - tal como explico eu <aqui> - que estejam realmente interessados em desenvolver as suas economias, não há simplesmente (por enquanto) uma maneira de conciliar tais desejos com a mesmo muito infeliz realidade com que nos defrontamos.
Os sinais de que um Colapso generalizado da Economia Mundial já teve início são claros. E, até as economias emergentes mais promissoras, como a China e o Brasil, já estão a ser afectadas por uma recessão económica e um crescente desemprego.
Como tal, torna-se urgente chegar a um acordo deste tipo, agora.
(Sendo que, o que estamos a assistir, é também à prova provada de que nenhum governo neste Mundo é completamente honesto com os seus cidadãos - e também à indicação de que, se é numa sociedade honesta que queremos viver, não parece que poderá esta alguma vez passar pela existência de governos autoritários, em que uns poucos decidem por todos e tomam as suas decisões em reuniões longe dos olhares públicos. Mas, isso já é outra história...)
Por isso, preparem-se, como puderem, para o que aí vem.
E, mais uma vez: Bom Colapso.

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 06:32

Brasil no bom caminho, mas com sérios desafios à sua frente

21.05.15

desemprego_brasil_2014.jpg

 

[Nota: Esta colocação era para ter sido feita na altura em que foi publicado o primeiro seguinte artigo, de Fevereiro deste ano. E, a situação no Brasil já se começou a inverter. Mas, de qualquer modo, como "mais vale tarde do que nunca", aqui vai a mesma, com alguns meses de atraso...]

 

Com mais uma vitória do PT nas últimas eleições, pode o governo brasileiro seguir apostando seriamente numa lógica de desenvolvimento económico, com resultados bem visíveis - no que toca, por exemplo, a uma muito baixa taxa de desemprego, nunca vista neste país (e na zona do chamado "pleno emprego"). Mas, nem tudo deverão ser rosas, para o futuro da sua economia. E, para além das constantes tentativas de sabotagem ocidental, deste país emergente, ainda muitas coisas más deverão ocorrer, num país que faz parte de um mundo à beira de uma crise energética.
Seguem-se dois artigos traduzidos para português, que foram publicados pelo Movimento LaRouche.

 

Brasileiros se mobilizam para deter o golpe de Wall Street

27 de fevereiro de 2015 (EIRNS) - Patriotas de todas as áreas: políticos, cientistas, engenheiros, empresários, juristas e acadêmicos fizeram o primeiro dos muitos encontros planejados para estabelecer uma "Aliança para o Brasil em Defesa da Soberania Nacional", o 25 de fevereiro de 2015. Eles se encontraram no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, para traçar a estratégia para defender a nação do desmembramento às mãos dos interesses financeiros estrangeiros.

O pretexto para o assalto financeiro é a corrupção descoberta na gigante estatal do petróleo, Petrobras - corrupção conduzida pelos mesmos interesses financeiros que agora pretendem não só se apoderar do petróleo brasileiro, mas derrubar o governo de Dilma Rousseff e tirar o Brasil de sua aliança com os BRICS, que ousa desafiar a criminosa operação internacional que Wall Street e a City de Londres chamam "um sistema financeiro".

"A Nação se defronta com um dos maiores desafios de sua história abalada que está por forças internas e externas que ameaçam os próprios alicerces de sua independência e de sua soberania", adverte a declaração do Clube de Engenharia aprovada na reunião. "A Petrobras é a espinha dorsal do desenvolvimento brasileiro. (...) É uma criadora e difusora de tecnologia, de investimentos e de produtividade que beneficiam toda a economia brasileira. (...) Tudo isso está em risco. E é para enfrentar esse risco que o movimento social e político que estamos organizando conclama uma mobilização nacional em favor da Petrobras."

Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, foi bem claro sobre os desafios impostos: O país não sofre o risco de sofrer um golpe, disse; "o golpe já está em curso". O único meio de impedi-lo é pela união do povo brasileiro, falou.

Outros oradores traçaram paralelos entre a operação golpista que eles enfrentam e os ataques à Argentina e à Venezuela.

Em seu bravo discurso, Roberto Saturnino Braga, diretor-presidente do Centro Celso Furtado, disse que a soberania do Brasil está sendo ameaçada, "pelas medidas ousadas que teve a coragem de tomar", citando entre essas medidas o papel ativo nos BRICS e na criação de seu Novo Banco de Desenvolvimento como alternativa ao FMI.

A classe criminosa de Wall Street não está escondendo seus planos. Em 24 de fevereiro, a Moody’s rebaixou a nota da Petrobras, colocando-a como de risco para os investidores, e ameaçou declarar seus títulos como insolúveis. Fitch e Standard & Poor’s estão dispostas a segui-la, desencadeando uma enxurrada de prognostições interessadas de Wall Street (Bloomberg, Bank of America, etc.) sobre como a Petrobras deve vender pelo menos 20 bilhões de dólares de seus ativos e instalar as multinacionais em seus gigantescos campos de petróleo "off-shore".

No dia seguinte, o Financial Times publicou uma tresloucada história  em seu blog, "Além dos BRICS", com o subtítulo: "Brasil: 10 boas razões para pensar em como irá embora um governo com apenas dois meses", que afirma (prematuramente) "que existem boas razões para pensar que Dilma Rousseff, que começou seu segundo mandato em 1º de janeiro, talvez não resista por mais tempo".

 

***

 

Brasil Vota por um Futuro com os BRICS e a América do Sul

por Gretchen Small


1 de novembro, 2014 (EIR) - Os brasileiros infligiram uma forte derrota ao Império Britânico, ao reelegerem Dilma Rousseff como Presidente o 26 de outubro. Rousseff tornou claro, que sob a sua liderança, o Brasil irá continuar a sua participação ativa no avanço da nova arquitetura financeira e de segurança mundial que se forma em torno do agrupamento BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e da sua crescente lista de aliados.

A guerra dirigida por Londres contra o Brasil e os seus parceiros dos BRICS não foi esmagada, mas os resultados das eleições somam-se ao crescente reconhecimento no mundo de que o Império Britânico não é o imbatível Leviatã que nos quer fazer acreditar que é.

Londres e os seus apêndices de Wall Street tinham investido tudo em derrotar Rousseff, determinados em tirar o "B" dos BRICS e deste modo ganhar uma posição a partir da qual poderiam obliterar a rebelião mundial que se espalha contra o sistema globalizador genocida do Império.

A Economist e o Financial Times de Londres fizeram uma campanha feroz pelo afastamento de Dilma, tentando primeiro manobrar a agente da Coroa Britânica Marina Silva para a Presidência. (Isso requereu a remoção do candidato presidencial Eduardo Campos, que convenientemente morreu a meio da campanha num acidente aéreo ainda por explicar.) Quando Marina foi severamente derrotada na primeira volta das eleições o 5 de outubro, dinheiro e propaganda britânicos foram usados para apoiar Aécio Neves do Partido da Social Democracia (PSDB), para a volta final contra Dilma.

Neves fez campanha como o candidato do sistema bancário transatlântico. Prometeu impor novamente "ortodoxia económica" no Brasil, realinhar o país com o partido da guerra anglo-americano e virar-se contra os BRICS e a América do Sul - e foi derrotado.

Forças BRICS Celebram

Os brasileiros não foram tão burros ao ponto de prestar atenção aos apelos para saltar de volta para bordo do Titanic que se afunda, desde um barco salva-vidas dos BRICS que começa a tomar as dimensões de um porta-aviões. O Brasil tem aliados que se prepararam para o defender contra a guerra em marcha lançada pelo império moribundo, tal como foi experienciada pela vizinha do Brasil, a Argentina.

Conjuntamente com os parabéns de chefes de Estado sul-americanos em posições-chave que também lutam contra os poderes financeiros de modo a desenvolver as suas nações, tais como Cristina Fernández de Kirchner da Argentina e Evo Morales da Bolívia, a Presidente Rousseff recebeu calorosos parabéns dos líderes dos três gigantes do grupo BRICS: China, Rússia e Índia.

O Presidente chinês Xi Jinping recordou as suas discussões com Rousseff, nos vários fóruns bilaterais e multilaterais que tiveram lugar em torno da Cúpula dos BRICS em Fortaleza, Brasil no último mês de julho. A Presidente Rousseff e eu "decidimos unanimemente aprofundar a cooperação mutuamente benéfica e amigável entre a China e o Brasil em vários campos, e promover conjuntamente o desenvolvimento da ordem mundial para uma direção mais imparcial e mais racional", escreveu Xi.

Na sua mensagem de parabéns, O Presidente russo Vladimir Putin afirmou "a sua prontidão para continuar um diálogo construtivo e uma colaboração ativa para desenvolver uma maior cooperação bilateral em todas as áreas, assim como uma cooperação nos fóruns das Nações Unidas, G20, BRICS e outras estruturas multilaterais". Numa chamada telefónica pós-eleitoral, os dois líderes concordaram em encontrar-se novamente à margem da reunião dos G20 (dias 15 e 16 de novembro, em Brisbane, Austrália).

O Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi disse que "anseia por continuar a trabalhar com Dilma para fortalecer as relações Índia-Brasil nos anos vindouros".

Desde dentro dos Estados Unidos da América, Lyndon LaRouche expressou o seu regozijo com a notícia da reeleição de Rousseff, assim que foi sabida. Mais cedo no dia da eleição, LaRouche tinha avisado que uma vitória do seu adversário, Neves, iria fazer o Brasil regressar à condição de colónia britânica e iria deste modo ser uma ameaça aos interesses dos próprios Estados Unidos da América, numa altura em que LaRouche lidera a luta para acabar com o controlo britânico e de Wall Street, sobre os Estados Unidos da América, para que possam estes, também, juntar-se aos BRICS no estabelecimento de uma ordem mundial de soberania nacional e de desenvolvimento.

Fúria Britânica

Frustrada por terem os eleitores brasileiros mais uma vez "derrotado inexplicavelmente" o seu sistema, a Economist de Londres previu no dia seguinte à eleição que o capital iria fugir dos mercados do país e que isso poderia ajudar a chantagear Rousseff para que adotasse as políticas de austeridade, "amigas do mercado" que os eleitores tinham acabado de derrotar nas eleições. A Economist apontou para o sucesso relativo de tal guerra financeira em amarrar a antigo Presidente brasileiro Lula da Silva durante a sua administração 2003-10, enquanto ameaçava que "de agora em diante, a viagem poderá apenas tornar-se mais difícil". Os "mercados" exigem que Dilma nomeie imediatamente um novo Ministro, ou uma nova Ministra, da Fazenda e que ele ou ela faça o que eles querem.

Os interesses endinheirados especulativos procederam à desvalorização da moeda do Brasil, o real, enquanto a bolsa de Bovespa caiu mais de 6% num dia, a dada altura, logo a seguir à eleição. Os britânicos insistem em castigar o Brasil por ter ganho, comentou LaRouche.

O 29 de outubro, três dias após a eleição, o Banco Central do Brasil aumentou as taxas de juro em 1/4 para 11,25%, o primeiro aumento desde Abril. A concessão não parou a pressão sobre o real.

De fato, nenhuma concessão será suficiente. A intenção é lançar uma "revolução colorida", afastar Rousseff e depois conduzir o Brasil ao caos e à ingovernabilidade, tais que as capacidades científicas e tecnológicas da nação possam ser finalmente desmanteladas.

Nunca subtil, a Economist intitulou o seu artigo pós-eleitoral na edição impressa de 1 de novembro, "Dilma Difícil de Morrer" ("Diehard Dilma"), uma manifestação típica do sadismo de escola pública britânico com insinuações de uma ameaça de morte implícita. "Se o seu segundo mandato não for uma desilusão ainda maior do que o primeiro", avisou a Economist, "A Sr.ª Rousseff precisa de prestar atenção não só aos seus partidários mas também àqueles que não votaram nela. Estes incluem muita da classe média, que em 2013 tomou as ruas em protestos massivos para exigir melhores serviços públicos e menos corrupção".

Até agora, a carne para canhão de tal "revolução" tem permanecido confinada a aspirantes a "revolucionários de caxemira", recrutados, em grande parte, das classes média e média-alta de São Paulo, sendo arrebanhados com gritos sobre "lutar contra o comunismo". Aquelas chamadas redes de mídia sociais estão a ser preparadas para apresentar uma aura de atividade que não existe. Organizadores das marchas de 1 de novembro em São Paulo e outras cidades para exigir a destituição de Rousseff e uma intervenção militar(!), hiperventilaram acerca de 100,000 comprometimentos na Internet em participar, mas não mais de 1,000-1,500 apareceram de fato nas ruas.

A histeria britânica de fomentar isto é tal, que a 30 de outubro, o PSDB de Neves entregou um pedido ilegítimo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para uma auditoria das eleições federais, quatro dias depois de ter aceite os resultados da eleição sem qualquer queixa sobre fraude. O pedido não apresenta provas, mas argumenta que a auditoria é necessária para restaurar a "confiança", porque um crescente número "do povo" questiona os resultados da eleição. Citada como prova dessa afirmação está uma petição na Internet que apela a Neves que rejeite os resultados da eleição; a petição reuniu um grande total de 60,000 assinaturas em dois dias.

Num país de mais de 200 milhões de pessoas, a ideia de que 60,000 assinaturas numa petição na Internet é uma força que compele a que se mande fazer uma recontagem, é ridícula. O que é ainda mais ridículo, é que a petição foi organizada pelo astrólogo mistura de subproduto da escola von Mises com "filósofo", Olavo de Carvalho, a quem LaRouche há muito tempo recomendou que fosse dado "o tratamento Pasteur contra a raiva", depois de ter este sugerido que a Rússia e a China estavam por trás do ataque de 11 de setembro ao World Trade Center em Nova Iorque. Juntando-se a Carvalho na petição está um toxicodependente brasileiro, estrela de rock pornográfica "Lobão" e outros dessa laia.

Este não é um movimento de massas e não tem bases para prosseguir, mas tem o objetivo de construir a base para a "revolução colorida" que a Economist, et al., insiste que seja posta em prática.

Dois Sistemas

Não tivessem os BRICS se afirmado este ano como um polo contrário, que se desenvolve por si próprio, ao sistema imperial britânico dominante, as esperanças da Economist de forçar o Brasil a capitular teriam sido provavelmente satisfeitas. Mas este não é o mesmo mundo que Lula enfrentou em 2002.

Dois desenvolvimentos durante a campanha, em particular, enfraqueceram a posição britânica.

Seis dias antes da volta final entre Rousseff e Neves, o jornal muito lido no país Jornal do Brasil, publicou um artigo reportando, com alguma extensão, sobre a avaliação da EIR, de que "O Que Está Estrategicamente em Causa na Eleição do Brasil" se resume à luta sobre se o Brasil irá arrancar economicamente como parte do renascimento global iniciado pelos BRICS, ou irá arruinar-se sob o sistema moribundo de Londres. (Ver o número do 15 de outubro; disponível em português no sítio na Internet em português da EIR).

O Jornal descreveu-o de forma certa, detalhando os assuntos cruciais levantados pela EIR, uma "revista americana conhecida por suas análises políticas": que Londres, tal como a EIR, vê a eleição brasileira como uma guerra, mas que os britânicos apoiam o candidato Aécio Neves e a sua aliada, Marina Silva, de modo a "subjugar o Brasil para impedir que o país e a América Latina sigam se desenvolvendo"; enquanto a EIR apoia a reeleição da Presidente Dilma Rousseff, porque em aliança com os BRICS, o Brasil pode "vencer mais de 25 anos de subjugação á ditadura financeira supranacional" e deste modo soltar as suas grandes capacidades científicas e industriais.

O Diário do Poder baseado em Brasília, lido pelos seus supostos "exclusivos com origem em fontes internas" e notícias sobre escândalos, publicou um editorial o 19 de outubro queixando-se de que círculos governamentais davam atenção ao apoio da EIR de LaRouche a Rousseff nesse artigo. No dia seguinte, o artigo do Jornal garantiu que a avaliação da EIR era muito lida pela classe política do Brasil.

Rousseff enfatizou a importância da participação do Brasil nos BRICS em várias aparições públicas na semana final de campanha. Num discurso perante um enorme comício em São Paulo o 20 de outubro, por exemplo, atacou Neves por conceber apenas "o Brasil pequeno" atrelado "aos grandes países. Querem entregar o Brasil. Querem voltar com a ALCA [Área de Livre Comércio das Américas], não querem os BRICS e são capazes de menosprezar o MERCOSUL" e a América Latina.

Os temas enfatizados pela campanha de Rousseff nas semanas finais da campanha fortaleceram o potencial do Brasil de adotar uma política de desenvolvimento nacional mais agressiva no segundo mandato de Rousseff. Ela disse aos brasileiros que eles estavam a escolher entre duas visões radicalmente opostas do que deve ser o Brasil no mundo: a visão do adversário dela de um Brasil subserviente a potências estrangeiras e interesses bancários, com baixos salários e alto desemprego e pobreza para a maioria do seu povo; ou um Brasil aliado com outras nações soberanas nos BRICS e nos agrupamentos regionais sul-americanos, UNASUL e MERCOSUL e o uso da banca pública para fortalecer a infraestrutura do país, a indústria nacional e os padrões de vida e habilitações.

Celso Amorim, antigamente Ministro das Relações Exteriores e atualmente Ministro da Defesa, elaborou sobre esta ideia num editorial aberto no portal Vermelho o 22 de outubro. Dilma Rousseff e o seu antecessor Lula da Silva, provaram que o país está "disposto a defender sua soberania e a integridade de uma ordem internacional baseada no Direito", contrariamente àqueles que justificam "comportamentos tímidos, pouco condizentes com as dimensões do país e as aspirações do nosso povo", escreveu ele. Ele listou as políticas deles de dar prioridade à unidade sul-americana; prestando especial atenção a África; trabalhando ativamente com os BRICS; e rejeitando provisões de livre-comércio que favoreciam as companhias farmacêuticas multinacionais, que limitariam o direito do Brasil de lidar adequadamente com a saúde pública. "O Estado brasileiro", escreveu ele, "deixou para trás a visão de um país 'periférico e desarmado' e assumiu plenamente a responsabilidade pela proteção de seus recursos e de sua população", usando o poder de compra do governo para favorecer a indústria nacional e investir em tecnologias nacionais.

A campanha dela descreveu o apoio da Economist a Neves pelo que este verdadeiramente vale, com o antigo Presidente Lula a rir-se dizendo da Economist: "essa revista é a mais importante do sistema financeiro internacional, dos bancos, dos achacadores que dizem que são de investidores, mas que são exploradores. Pois bem. Qual é a resposta que temos que dar? Que o Aécio é candidato dos banqueiros, ótimo. A Dilma é candidata do povo brasileiro."

O Brasil numa Encruzilhada

Para segurar o país, Rousseff terá de tomar ações dramáticas. Sem estas, a guerra financeira irá criar as condições sob as quais uma "revolução colorida" pode arrancar. Carlos Pastoriza, presidente da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), numa entrevista dada a 27 de outubro ao jornal Zero Hora, apontou para um dos grandes problemas económicos subjacentes que o Brasil enfrenta:

O Brasil está ameaçado por uma "desindustrialização galopante. A nossa indústria de transformação está certamente na UTI. Este processo tem se agravado", disse ele. "A desindustrialização tem duplo efeito de mascaramento da realidade. Primeiro porque o Brasil tem taxa de desemprego muito baixa (menor que 6%) e, então, há a sensação falsa de que não há problemas graves. O segundo fato é que as empresas estão, silenciosamente, se tornando maquiladoras. E, passo seguinte, passam a somente ser distribuidoras de produtos fabricados em outros países. Nem o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] capta este fenômeno. (...) O Brasil está numa encruzilhada. O próximo governo precisa encontrar um rumo. Se isto não for feito, voltaremos ao Brasil colônia."

Tão cedo quanto o início dos anos 1990, a EIR tinha enfatizado que o caminho que o Brasil precisava de adotar era o do desenvolvimento das suas mais avançadas capacidades científicas e tecnológicas - especialmente nos setores nuclear e aeroespacial - conjuntamente com a sua vizinha Argentina. As duas nações juntas constituem uma espécie de "Eixo Produtivo" cuja ativação da alta tecnologia é a chave para o desenvolvimento de toda a América do Sul.

Em Fevereiro de 1993, a EIR escreveu: "O 'Eixo Produtivo' economicamente mais denso da Ibero-América é constituído pela área do sul do Brasil, passando pelo Uruguai até ao norte da Argentina. (...) Esta região possui a maior densidade económica, a maior concentração de mão-de-obra e potencial de capital capaz de facilitar as mais rápidas taxas de crescimento possíveis do poder laboral produtivo de todo o continente. (...)"

"O que torna isto possível não são tanto as densidades existentes (...) mas antes o potencial da região de gerar e absorver avanços tecnológicos - um potencial que se fundamenta acima de tudo na existência de um número significativo de cientistas e técnicos, particularmente na Argentina e no Brasil. Este é o recurso económico mais importante do continente: essa capacidade tecnológica e científica que é exatamente o que o Fundo Monetário Internacional e Wall Street querem destruir de qualquer modo. São estas capacidades, particularmente os programas nucleares e aeroespaciais da Argentina e do Brasil, que tornam possível transformar a Ibero-América numa superpotência económica."

Quase uma década depois, Lyndon e Helga LaRouche fizeram uma notória visita ao Brasil, entre 11 e 15 de junho de 2002, que estabeleceu um diálogo com círculos de liderança brasileiros sobre a direção que o Brasil e o mundo tinham de adotar (ver em baixo).

E agora hoje, pouco mais de uma década depois dessa visita histórica, o assunto é outra vez central para o Brasil - mas desta vez com poderosos aliados, no contexto da acção liderada pelos BRICS de substituir o sistema financeiro internacional falido por uma nova ordem mundial de soberania e desenvolvimento científico.


Visita de 2002 de LaRouche a São Paulo, Brasil

Lyndon e Helga LaRouche visitaram o Brasil entre 11 e 15 de junho de 2002, convidados pela Prefeitura de São Paulo, onde LaRouche foi homenageado com o título de Cidadania Honorária dessa cidade de mais de 18 milhões de pessoas, a terceira maior do mundo. Dirigindo-se a uma multidão de várias centenas que estiveram presentes na cerimónia, LaRouche disse que não havia maneira dos Estados Unidos da América saírem da crise de colapso, sem a fundação de uma comunidade de princípio entre as nações das Américas. O Brasil tem um particular papel a desempenhar em qualquer tal empreendimento, disse ele, como um dos poucos países no mundo que ainda retém algum grau significativo de soberania. Ele disse que esperava, com a vinda dele ao Brasil, abrir um tal diálogo com todas as nações das Américas.

LaRouche fez três discursos públicos durante a sua visita de uma semana, além do seu discurso dirigido à Prefeitura. Em cada um deles, ele avisou que não havia solução dentro do sistema financeiro internacional existente. Vocês têm de nos ajudar a substituir o sistema, disse ele às suas audiências brasileiras, porque ambas as nossas nações dirigem-se direito a um rebentamento.

Precisamos de uma Reforma Financeira Global

Num discurso o 13 de junho dirigido à Associação Comercial de São Paulo, LaRouche disse:

"Isto quer dizer que temos de pensar em vários termos: Primeiro, precisamos de uma reforma monetária/financeira global. O melhor modelo que temos é o sistema de 1945-64, não como um modelo perfeito, mas como um modelo político. Sob estes, temos de ter, deste modo, uma reorganização financeira em vários países. Precisamos de uma conferência monetária de emergência entre países preeminentes, usando os poderes de emergência de governo implícitos, para negociar imediatamente uma reforma geral e uma reorganização derivada das falências.

"Temos também, então, que tomar certas medidas em cada país e em acordos de tratados para fazer crescer a economia mundial. Isso quer dizer que precisamos um sistema protecionista, porque o que muitas pessoas não entendem, é a importância dos ciclos de capital. Os ciclos de capital duram normalmente 25 anos para o desenvolvimento de infraestrutura a longo prazo; 3-7 anos para um programa agrícola, mesmo para um agricultor individual; e para uma firma industrial, desenvolver uma linha de produtos podem tomar 7-15 anos.

"Por isso, temos que gerar uma enorme quantidade de investimento de capital. Como é que fazemos isso? Temos que criar um sistema de crédito, mas precisamos um sistema de crédito seguro. Não se podem ter comércio ou empréstimos internacionais acima de 1-2% de taxa de juro simples. Portanto, devemos ter uma taxa de câmbio fixa. Deveríamos provavelmente usar uma taxa de câmbio baseada em reservas de ouro.

"Então, temos que fazer certas mudanças em cada país. O caso do Brasil é óbvio. O Brasil tem definitivamente um potencial tremendo. Temos duas áreas: Temos as áreas económicas domésticas. Temos infraestrutura, a qual é primária. Os requisitos energéticos são imensos. O controlo e o desenvolvimento dos próprios recursos energéticos. É preciso um programa orientado para o desenvolvimento científico, de desenvolvimento económico e recuperação, que o Brasil já tem em algumas áreas, tal como na área da ciência médica, que é crucial, por exemplo, para África. É preciso ter então um sistema educativo que possa ser construído para produzir os quadros para esta expansão.

"Temos que dar também uma ênfase ao empreendedorismo. Nenhum contabilista, trabalhando como contabilista, pode fazer uma economia crescer. O crescimento vem dos princípios físicos; vem da ingenuidade do empreendedor. Vemos isto na Itália, vemos isto noutros sítios: O falhanço das grandes corporações revela o que sempre soubemos. Uma economia bem-sucedida tem sempre como base o empreendedorismo - são eles os inovadores."

Mantendo o Bem-Estar Comum

O 11 de junho de 2002, numa conferência patrocinada pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela EIR, que teve lugar no auditório do Parlamento Latino-Americano em São Paulo, LaRouche declarou:

"Primeiro que tudo, tem que se trazer um fator de estabilidade para a situação e se faz isso da melhor maneira através de medidas económicas, que têm como objetivo o bem-estar comum. Se se puder ir a uma população e convencer a população de que se vai agir efetivamente para manter o bem-estar comum, para que possam as pessoas viver em paz nos seus bairros, para que não tenham elas de lutar em lixeiras por comida e esse tipo de coisas, pode-se então estabelecer uma autoridade civil para governar. Tem-se um governo credível (...) dedicado à manutenção do bem-estar comum."

O 12 de junho de 2002, LaRouche disse num discurso dirigido à Prefeitura de São Paulo:

"Olhem para o Brasil: esta maravilhosamente grande, quase intocada terra selvagem, com algumas concentrações de desenvolvimento, mas com vastas áreas não desenvolvidas, simbolizadas pelo poder bruto do rio Amazonas. Se se olhar para a região da Amazónia desde o ponto-de-vista do grande cientista russo, Vernadsky, que criou os termos 'Biosfera' e 'Noosfera', tem-se uma noção do grande poder para o futuro, implícito no desenvolvimento disso, de uma maneira cientificamente sólida e racional. (...)

"Então, como é que se vai realizar o potencial do Brasil? Tem que haver fontes de energia em várias partes do país; tem que haver comunicações e transportes eficazes. Assim, a rentabilidade da firma, a produtividade da firma, numa parte do Brasil, não fica tipicamente baseada na produtividade interna ou finanças próprias dessa firma. Mas que é o 'ambiente artificial', que a nação crie sob a forma de infraestrutura, que a nação crie sob a forma de programas educativos, que a nação crie sob outras formas, que permita então ao povo do Brasil desenvolver as várias partes do continente para criar novas cidades, para criar novas indústrias, para transformar a região da Amazónia, para conquistar o cerrado com o seu grande potencial: Para alterar a natureza através da vontade humana, através do descobrimento."

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 20:06

A solução é "criar todo um novo patamar para a Humanidade"

24.12.14

(Intervenção de Benjamin Deniston, na última edição da sessão de informação e de esclarecimentos do Comité de Acção Política de Lyndon LaRouche, conhecido como "LaRouche PAC".)

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 14:52

Preparem-se para mais uma tentativa de "revolução colorida"

01.11.14

(Repararam em como, após os resultados das eleições no Brasil, os comentadores na imprensa portuguesa começaram logo com afirmações do tipo "temos agora um país dividido" e afins? Como se, numa Democracia, dependendo do tamanho da diferença de resultados, o normal ou que fosse esperado, em certos casos, fosse que as pessoas não aceitassem a vontade da maioria? Ao que parece, o que está planeado para o Brasil é o mesmo que tem vindo a ocorrer na Venezuela. Lembrem-se de que as tentativas de sabotagem da Copa do Mundo de futebol tiveram, claramente, grupos controlados por trás. E, lembrem-se também de que o Brasil irá ser ainda o anfitrião de um outro grande e muito importante evento desportivo internacional.)

 

Brasileiros Votam por um Futuro Soberano Dentro dos BRICS; Reelegem Dilma Rousseff Presidente

26 de Outubro de 2014 (SNEIR) - A reeleição de Dilma Rousseff como Presidente do Brasil hoje derrotou a tentativa do Império Britânico de tirar o Brasil dos BRICS e dos projectos de integração sul-americanos, através da eleição do seu adversário, Aécio Neves. Dilma ganhou 51,6% dos votos, contra os 48,4% de Aécio.

O estadista estadunidense Lyndon LaRouche avisou mais cedo neste dia que uma vitória de Neves iria tornar o Brasil novamente numa colónia britânica e era uma ameaça para os reais interesses dos Estados Unidos da América. Ele regozijou-se com as notícias da reeleição de Rousseff.

A votação é uma derrota de tudo o que é representado pelo sistema transatlântico. A Economist e o Financial Times de Londres fizeram vigorosamente campanha por Aécio. Neves prometeu impor novamente a ortodoxia económica no Brasil, realinhar o Brasil com o partido da guerra anglo-americano e virar-se contra os BRICS e a América do Sul e nomear o especulador de fundos de cobertura Armínio Fraga como seu futuro Ministro da Fazenda, para provar a sua seriedade. Os bancos e os fundos de cobertura de Londres e Wall Street, e os seus lacaios brasileiros, praticaram guerra financeira, de cada vez que o seu rapaz caiu nas sondagens.

Rousseff recebeu bem os ataques a ela dirigidos pelos banqueiros e insistiu que o Brasil não deve voltar ao neoliberalismo que o tinha destruído no passado e que hoje em dia está a destruir a Europa. O futuro jaz na nova ordem mundial que está a ser forjada pelos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), de nações soberanas comprometidas em elevar os padrões de vida e em desenvolver as indústrias nacionais, argumentou ela.

A maioria dos brasileiros rejeitou a insistência britânica de que deixem o barco salva-vidas dos BRICS para saltar de volta para bordo do Titanic transatlântico!

O Plano A britânico nas eleições de elejer a querida da WWF Marina Silva como Presidente, foi enviado para uma derrota esmagadora na primeira volta das eleições. Com o seu Plano B agora também derrotado, iniciou-se já a discussão do Plano C: criar uma situação de total polarização e ingovernabilidade, tal que possam lançar uma "revolução colorida" nos próximos meses, com a Economist de Londres já a criar a propaganda para lançar os "revolucionários de caxemira" de São Paulo como líderes. Tal como escreveu o New York Times no dia anterior às eleições: "Quem quer que ganhe no Domingo irá enfrentar o desafio de governar num sistema político no qual presidentes têm de forjar alianças com um conjunto de diferentes partidos, incluindo alguns com aguçadamente diferentes ideologias. Não é esperado que a crescente tensão política no país torne este processo mais fácil".

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 12:50

A grande importância que têm as eleições brasileiras, também para o bloco BRICS e todas as economias emergentes latino-americanas

24.10.14

BRICS_2014.png

(Mais do que ser já a 7ª maior economia do Mundo, o Brasil é uma peça fundamental no grande desenvolvimento que está a ocorrer em todo o bloco BRICS e também em vários países da América Latina que a este bloco escolheram se associar. Sendo, obviamente, por isso que está este muito promissor país a ser um tão grande alvo de tentativas de controlo e sabotagem, por parte do Ocidente, que não quer ver países que se lhe oponham a erguer-se e a formar laços de união entre eles...)

 

O Que Está Estrategicamente em Causa nas Eleições Presidenciais do Brasil

por Gretchen Small [Executive Intelligence Review]


14 de Outubro - O Financial Times emitiu um claro aviso no dia 10 de Outubro ao candidato de Londres a Presidente do Brasil, Aécio Neves do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Neves e a sua equipa não deverão "desapontar" Londres na volta final das eleições presidenciais brasileiras no dia 26 de Outubro, avisou o FT: "Afinal de contas, isto não é apenas um debate económico cordial: é guerra - a batalha final pelo controlo do segundo maior mercado emergente do mundo e das vidas de mais de 200 milhões de pessoas".

A EIR concorda, neste caso, com o FT: as eleições presidenciais do Brasil de 2014 são uma batalha estratégica na guerra global sobre se a humanidade irá ser bem-sucedida em esmagar o Império Britânico e em criar uma ordem mundial verdadeiramente humana, dedicada à paz e ao progresso de todos.

A política editorial da EIR difere em 180º da do FT, contudo, quando toca a que candidato deve ganhar a eleição. A EIR apoia a reeleição da Presidente Dilma Rousseff, a opositora de Neves na corrida.

Quaisquer que tenham sido os seus defeitos, passados e presentes, que a EIR apontou devidamente ao longo dos anos, a Presidente Rousseff colocou decisivamente o Brasil no mesmo grupo que a metade da humanidade que se ergueu para defender a causa da humanidade. Sob a sua liderança, o Brasil tem tido e está comprometido em ter um papel activo no renascimento global que se está a formar em torno do agrupamento BRICS dos Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, assim como nos esforços do MERCOSUL e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) agora aliados com os BRICS e, em particular, na corajosa defesa da Argentina contra os "fundos abutres".

Como parte dessa dinâmica dos BRICS, o Brasil está em condições de se livrar de mais de 25 anos de subjugação a uma ditadura financeira supranacional, reagrupar as suas significativas capacidades científicas e industriais nucleares e espaciais e iniciar o rápido aumento da produtividade necessário para elevar os padrões de vida e as qualificações dos seus muitos milhões de pessoas ainda a viver na pobreza e numa situação de atraso.

Londres, por seu lado, está determinada - ao ponto de chegar a uma "guerra", como diz - em instalar um governo comprometido em tirar o "B" dos BRICS, tornando um Brasil novamente subjugado num instrumento para esmagar os BRICS e a explosão de desenvolvimento sul-americano associado que está em marcha. Caso seja Londres bem-sucedida, e reimponha as políticas económicas transatlânticas no Brasil, o próprio Brasil irá rapidamente desintegrar-se.

Londres Não Detém Todas as Cartas

Foi já precisa a morte de um candidato presidencial para criar o potencial de sucesso nesta operação britânica. A sua candidata de primeira escolha para tirar o "B" dos BRICS na primeira volta das eleições, foi a querida da Coroa Britânica, Marina Silva, que somente se tornou uma candidata presidencial em meados de Agosto, erguendo-se das cinzas do acidente aéreo ainda por explicar que matou o candidato presidencial do Partido Socialista (PSB) Eduardo Campos. Até então, Marina tinha sido a candidata vice-presidencial de Campos na corrida.

Londres e Wall Street fizeram desenvergonhadamente campanha por Marina, tal como ela é conhecida, pintando-a como uma "Obama" brasileira, a "candidata do povo" pelo seu apoio à abortada tentativa em 2013 de lançar uma "revolução colorida" no Brasil. Pró-alta finança, anti-Estado, virulentamente anticrescimento, anti-China, apoiada por vários "multimilionários verdes" brasileiros, Marina foi aclamada como a candidata que podia pôr um rosto "popular" no pacote de Londres.

Em 2010, a EIR denunciou Marina como uma operação da Coroa Britânica, um facto ostentado em 2008, quando o Príncipe Filipe a condecorou pessoalmente com a Medalha de Conservação do Duque de Edimburgo, pelo seu trabalho durante o seu mandato de Ministra do Meio Ambiente (2003-08) em bloquear projectos-chave hidroeléctricos e em ceder o controlo de enormes porções de território amazónico brasileiro à WWF de Filipe e outros interesses privados verdes.

"A Marina sempre teve boas relações com as casas reais da Europa e a aristocracia europeia. Nós não podemos decidir quem a Família Real vai convidar", afirmou de modo seco o Ministro dos Desportos brasileiro, Aldo Rebelo, quando Marina foi convidada para ser uma portadora da tocha nas Olimpíadas de Londres de 2012.

Para o desagrado de Londres, os eleitores brasileiros tiraram Marina da corrida na primeira volta das eleições a 5 de Outubro, colocando-a num distante terceiro lugar com apenas 21% dos votos. A incumbente Rousseff ganhou 41%, com o fantoche dos Rothschild, Aécio Neves, a ficar em segundo com 34%.

Acabando com a Heroína Financeira?

Mais perigoso aos olhos de Londres, foi que Dilma escolheu lutar contra e derrotar Marina com o fundamento de que a banca pública deve ser defendida contra o sistema bancário imperial dentro do Brasil, através do qual a monarquia britânica tem há muito estropiado o país através de taxas de juro usurárias que alimentaram o carry trade internacional que pilhou o Brasil.

Marina, em prol dos seus patrocinadores banqueiros criminosos (a sua mais próxima conselheira, a multimilionária "Neca" Setúbal, é a herdeira da família que detém o Banco Itaú, o maior banco privado do Brasil), prometeu na sua plataforma, que caso fosse eleita, iria fazer passar uma lei garantindo a "autonomia" do Banco Central; isto é, garantindo o controlo bancário privado.

Marina tenciona dar aos banqueiros os poderes de decisão que pertencem à Presidente e ao Congresso Nacional, sobre assuntos que têm um efeito directo "sobre a sua vida e de sua família", tais como "os juros que você paga, seu emprego, preços e até salários", ripostou Rousseff numa animada entrevista ao programa Bom Dia Brasil da TV Globo emitida a 22 de Setembro.

Os seus horrorizados anfitriões da Globo acusaram-na de "assustar as pessoas"; a TV Globo, afinal de contas, é detida por três multimilionários da família Marinho, que estão no centro das operações da WWF no Brasil.

A promessa de Marina de tornar o Banco Central "independente" iria tornar esse banco no "quarto poder" do governo, respondeu Dilma. A Presidente chamou a atenção para o facto de que Marina também promete reduzir o papel dos grandes bancos públicos do Brasil. Como iremos então financiar infra-estrutura no Brasil?, perguntou Dilma. Os bancos públicos do Brasil subsidiam taxas; a taxas de mercado ninguém iria construir infra-estrutura no Brasil. A habitação e a agricultura têm do mesmo modo beneficiado.

O FT queixou-se do facto de um anúncio de campanha de Dilma usar uma cena de um jantar fora de um filme de bandidos para atacar Marina por estar em conluio com os banqueiros criminosos; a revista Economist de Londres protestou dizendo que Dilma tinha magoado "a popular ex-activista ambientalista" ao dizer que a planeada autonomia do Banco Central de Marina iria "dar poder a banqueiros manhosos".

Duo Aécio e Fraga

Os britânicos reagruparam agora forças em torno de Aécio, que é tão fantoche dos britânicos quanto Marina, mas muito mais difícil de "vender". A 12 de Outubro, Aécio declarou que ele e Marina se tornaram "um corpo, um projecto", depois de ela o ter apoiado, quando ele prometeu cumprir as condicionantes dela de implementar uma "economia de baixo carbono" e outras medidas anticrescimento.

Mas os brasileiros conhecem bem o PSDB de Aécio: o país desintegrou-se sob a sua governança neoliberal, quando Fernando Henrique Cardoso era Presidente entre 1992 e 2002. Ainda mais, numa acção que demonstra a total falência da opção britânica no Brasil, Aécio anunciou em Agosto, que caso seja eleito, irá nomear Armínio Fraga como seu Ministro da Fazenda.

Fraga! O nome é sinónimo do carry trade internacional que devastou a economia do Brasil. No seu primeiro mandato como oficial do Banco Central em 1991-92, Fraga montou o mecanismo que permitiu ao capital de curta duração estrangeiro entrar na economia e abriu o mercado dos derivados do câmbio e da taxa de juro. Ele depois saiu para servir como director do [fundo de cobertura] Soros Fund Management, apenas para ir direito de lá para chefiar o Banco Central do Brasil em Fevereiro de 1999, onde imediatamente aumentou as taxas de juro para 45%(!) como a pedra angular da política hiperinflacionária de George Soros do "muro de dinheiro" para impedir que o Brasil mandasse abaixo o sistema financeiro global na altura. Ficou lá até 2002, quando saiu para fundar o seu próprio fundo de cobertura.

Aécio e Fraga prometem voltar à "ortodoxia económica", cortar no orçamento, baixar salários mínimos, impor um imposto IVA retrógrado, privatizar bens públicos, incluindo os bancos públicos e a companhia estatal petrolífera, Petrobras, e reduzir a regulação estatal dos preços, salários etc.

De mão dada com isto, está a declarada intenção de mudar a política externa do Brasil, abandonando os laços com a China e a Ásia, assim como os seus vizinhos sul-americanos, em favor de acordos de livre-comércio com uma Europa moribunda e com os Estados Unidos da América.

Aloízio Mercadante, o Ministro da Casa Civil de Dilma, sob licença para fazer campanha até à votação final, salientou numa entrevista exclusiva ao portal 247 na semana passada, que:

"As propostas de Aécio Neves conduzirão, na prática, ao enfraquecimento dos BRICS e do MERCOSUL. Na verdade, os BRICS nem sequer são mencionados em seus oito 'Compromissos/Propostas' de política comercial. Ou seja, o candidato ignora os esforços dos principais países emergentes para a criação de novos mecanismos de promoção do desenvolvimento e da estabilidade financeira, como o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Arranjo Contingente de Reservas (...) Hoje, o Brasil assume um protagonismo internacional sobre temas sociais e econômicos que é inédito em nossa história. É lamentável ver o debate sobre política externa ser permeado novamente por uma retórica conservadora, associada a uma visão subalterna do Brasil no cenário internacional".

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 10:31

Aécio Neves é também um fantoche da Monarquia Britânica (/NOM)

14.10.14

Coroa Britânica Derrotada na Primeira Volta das Eleições Brasileiras


6 de Outubro de 2014 [LaRouchePAC]

Os eleitores brasileiros derrotaram redondamente a operação de primeira escolha da Coroa Britânica para tirar o "B" dos BRICS na eleição presidencial deste mês no Domingo, quando a ambientalista brasileira favorita do Príncipe Filipe, a querida da Cidade de Londres Marina Silva, foi tirada da corrida na primeira volta. Silva ficou num distante terceiro lugar com apenas 21% dos votos, apesar dos melhores esforços de Londres e dos seus amigos "multimilionários verdes" brasileiros.

A Presidente incumbente Dilma Rousseff, comprometida em fortalecer a participação do Brasil na renascença global que está a tomar forma em torno do agrupamento BRICS, ganhou 41% dos votos na primeira volta e irá enfrentar Aécio Neves, o político ligado à família Rothschild que ganhou 34% dos votos, na corrida final de 26 de Outubro.

Nunca limitado a uma única operação, o império está apressadamente a reagrupar forças em torno de Aécio, que é igualmente um fantoche britânico. Marina, queixando-se de que não é uma "perdedora", deixou claro que tenciona dar o seu apoio a Aécio. Marina foi favorecida pelos criminosos de Londres-Wall Street da Coroa por uma razão, contudo. Nunca tendo sido eleita, a sua candidatura foi criada como a "nova face" para o velho e moribundo sistema económico, apelando, ao estilo de Obama, a desejos de "mudança".

Os brasileiros conhecem bem o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) de Aécio: o país desintegrou-se sob a sua governança entre 1992 e 2002. O que preocupa Londres, é que Dilma Rousseff derrotou Marina Silva, em particular, apontando os holofotes para os banqueiros criminosos que querem levar os brasileiros de volta para uma situação de fome. Mesmo antes de serem contados os votos no dia 5 de Outubro, a revista de Londres Economist queixou-se de que Dilma tinha magoado "a popular ex-activista ambientalista [Marina] (...) com integridade pessoal, as suas propostas muito sensatas e convencionais e promessa de uma nova política", dizendo que o plano de Marina de fazer passar legislação que tornasse o Banco Central independente de qualquer "interferência" governamental, iria "dar poder a banqueiros manhosos". O Financial Times da mesma maneira queixou-se de que Dilma estava a exibir anúncios de campanha que usavam uma cena de um jantar fora de um filme de baixo custo de bandidos para atacar Marina por estar em conluio com os banqueiros criminosos.

Aécio pode ser derrotado facilmente nesse palco! Pouco tempo antes da eleição, Aécio anunciou que se fosse eleito, nomearia Armínio Fraga como seu Ministro da Fazenda. Fraga! A acção expõe a total falência política e económica da opção britânica no Brasil. Fraga supervisionou a pior política de austeridade/privatização do último governo PSDB de Fernando Henrique Cardoso, como chefe do Banco Central do Brasil entre 1999 e 2002. Foi Fraga, um executivo do [fundo de cobertura] Quantum Fund de Soros na altura em que foi nomeado para chefiar o Banco Central do Brasil, quem supervisionou a política hiperinflacionária de Soros do "muro de dinheiro" para impedir que o Brasil mandasse abaixo o sistema financeiro global. E quando deixou esse cargo, fundou o seu próprio, enorme fundo de cobertura. Como tal, nas suas declarações pós-eleitorais ontem à noite, Dilma atacou exactamente as políticas que Aécio representa. Com este voto, "o povo brasileiro acaba de dizer que não quer os fantasmas do passado de volta, como recessão, arrocho, desemprego. E que novamente teremos disputa com PSDB, que governou apenas para um terço da população e esqueceu os mais necessitados. Eles quebraram o país três vezes, impuseram juros que chegaram a 45% (...) e jamais promoveram políticas de inclusão social e de redução da desigualdade". E tentaram privatizar as companhias petrolífera e eléctrica estatais, Petrobras e Furnas e os grandes bancos públicos do Brasil, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Ela podia também ter dito verdadeiramente, que a eleição de 26 de Outubro é entre os BRICS e Soros.

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 17:48

Mais do Movimento LaRouche, sobre a próxima eleição brasileira

04.10.14

Eleição Brasileira, Uma Batalha pelos BRICS ou Sistema Transatlântico


24 de Setembro (LPAC) - A eleição presidencial de Outubro do Brasil irá decidir se o Brasil continua a desempenhar um papel em criar a nova ordem mundial com o resto das nações dos BRICS, ou se irá saltar de volta para o Titanic transatlântico, justamente na altura em que este se afunda. Dois candidatos, Marina Silva e Aécio Neves, insistem que o Brasil se deve afundar com o sistema transatlântico e estão determinados em derrotar a candidatura de reeleição da Presidente Dilma Rousseff, por estar ela empenhada em que o Brasil se desenvolva como parte da dinâmica BRICS. A Monarquia Britânica e a Cidade de Londres estão a apoiar Marina como a sua melhor aposta para tirar o Brasil dos BRICS e da explosão de desenvolvimento sul-americano associado em marcha.

"O Estados Unidos de Obama terá muita afinidade com o Brasil de Marina Silva", disse ao serviço de notícias EFE Maurício Rands, co-coordenador da plataforma de Marina conjuntamente com a multimilionária "Neca" Setúbal, a 19 de Setembro, apelando ao Brasil para se realinhar com os EUA de Obama. O programa de Marina pretende assinar acordos de livre-comércio à custa do bloco MERCOSUL na América do Sul, criticando especificamente a Argentina neste aspecto; relega os BRICS a uma linha, desvalorizando-os como um grupo "heterogéneo" que tem mais diferenças do que concordâncias; e ataca as relações de comércio do Brasil com a China. O antigo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem sido controlado por George Soros desde a sua presidência dos anos 1990, do mesmo modo assegurou a Andrés Oppenheimer do Miami Herald a 17 de Setembro, que Marina iria acabar com a "cumplicidade do governo brasileiro com os delitos da Argentina" [sic] e focar-se em "inserir o Brasil" em negócios de comércio livre com o Ocidente.

A Presidente Dilma, que destacou o seu firme empenhamento nos BRICS e na integração sul-americana numa entrevista publicada pelo Pravda.ru a a 22 de Setembro, teve como alvo esta semana o sistema bancário imperial dentro do Brasil através do qual a Monarquia Britânica há muito que tem deixado o país estropiado através de taxas de juro usurárias que alimentaram o carry trade internacional que pilhou o Brasil.

Marina pretende dar aos "banqueiros" os poderes de decisão da Presidente e do Congresso Nacional sobre assuntos que têm um efeito directo "sobre a sua vida e de sua família", tais como "os juros que você paga, seu emprego, preços e até salários", ripostou a Presidente numa animada entrevista ao programa Bom Dia Brasil da TV Globo emitida a 22 de Setembro. Os seus anfitriões horrorizados da Globo acusaram-na de "colocar medo nas pessoas"; A TV Globo, afinal de contas, é propriedade de três multimilionários da família Marinho que estão no centro das operações da WWF do Príncipe Filipe no Brasil.

A Presidente Dilma respondeu apontando para o programa eleitoral de Marina, que promete tornar o Banco Central independente do governo. Isso iria tornar esse banco num "quarto poder" do governo, ripostou Dilma, acrescentando que Marina também promete reduzir o papel dos bancos públicos. Londres está furiosa que o Brasil tenha recusado privatizar os seus grandes bancos públicos, os quais, apesar da sua liderança cautelosa, têm proporcionado algum crédito nacional a taxas de juro mais baixas à economia doméstica.

Autoria e outros dados (tags, etc)

colocado por Fernando Negro às 06:12