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Na primeira metade da década passada, uma pessoa que conheci poucos anos depois, servia à mesa num restaurante de um muito conhecido bairro de Lisboa.
Chegou-se a um dia diferente dos outros e o restaurante foi fechado para servir de local para um encontro privado entre duas pessoas.
Que pessoas eram essas?
O futuro Primeiro-Ministro José Sócrates e aquele que era o mais poderoso banqueiro do país, Ricardo Salgado - que decidiram ir lá almoçar nesse dia e não queriam mais ninguém no restaurante.
Tendo em conta que Sócrates era ainda alguém de relativamente pouca importância política e não oriundo de uma família abastada (e também para quem sabe como funciona a hierarquia oculta do poder estabelecido) está-se mesmo a ver quem é que, não só pagou por tudo isto, como também estava acima de quem, na escala hierárquica por onde seguem as ordens e directrizes.
E, dito isto... Concluam o que quiserem, relativamente ao mediático processo judicial que está em curso - e às declarações que vão sendo proferidas por José Sócrates, de que nunca se encontrou pessoalmente com Ricardo Salgado.
(Já agora, no final do almoço, nenhum deles deixou gorjeta aos empregados do restaurante. E, por causa disso, a pessoa que conheci e que os serviu não votou em Sócrates nas eleições legislativas seguintes, quando tal figura se tornou Primeiro-Ministro.)