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O estado a que isto chegou (x2)

16.06.17

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[Quando as coisas estão de tal modo dominadas, que até o próprio conluio de grandes interesses económicos e classe política (sua fantoche) se pode gabar - perante a dita "massa suja" - do que faz - e continuar a roubar e a enganar o povo, de modo impune... Como digo, continuo sem perceber onde é que vão as pessoas inteligentes, honestas e decentes deste país buscar o seu optimismo...]

 

Não há razão nenhuma para não ser corrupto em Portugal

Por ZAP - 11 Junho, 2017

O ex-Ministro da Economia Daniel Bessa considera que há um “sistema de incentivos e de administração” que leva a que não haja “razão nenhuma para não ser corrupto em Portugal”.

Em declarações divulgadas pelo Jornal de Negócios e proferidas durante a participação num debate sobre competitividade, organizado pela Porto Business School, Daniel Bessa,  economista e professor universitário que foi Ministro da Economia do Governo de Guterres, considerou que “não há razão nenhuma para não ser corrupto em Portugal”.

“Mesmo que venha a ser condenado judicialmente, para a cadeia não vai”, notou Daniel Bessa, realçando que “a coisa há-de prolongar-se o tempo suficiente até que morra. E isso é um tema de sistema de incentivos e de administração”, concluiu.

O ex-Ministro da Economia também responsabiliza os incentivos públicos por alguns erros do sector privado e fala em concreto do caso da electricidade, em Portugal, que é a quarta mais cara dos 28 países da União Europeia.

Grande peso na factura da luz têm os muito falados, nos últimos dias, Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual ou “rendas excessivas” que estão no centro das suspeitas em torno da EDP e que levaram à constituição de António Mexia como arguido.

O Expresso anunciou que a EDP foi deliberadamente beneficiada, pelos Governos no poder, em mais de mil milhões de euros, em prejuízo dos consumidores.

“Não há problema nenhum, é tudo legal”, ironiza Daniel Bessa a propósito da formação dos preços da energia.

“Há aqui uma questão que tem a ver com o sistema de incentivos, com uma série de interesses que condicionam a legislação e a administração no sentido de determinado tipo de investimento”, acrescenta ainda o economista.

Estas declarações surgem depois de António Costa ter dito que a EDP tem “manhas” e de o ex-Ministro Álvaro Santos Pereira ter referido que “o lóbi da energia é dos mais fortes em Portugal”.

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colocado por Fernando Negro às 07:34