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Mais uma "nacionalização dos prejuízos" encoberta

19.06.19

(Como o Zé Povinho é [explícito] e ignorante, toca a usar esta fórmula uma e outra vez...)
No decorrer de um Colapso Económico em que (toda a gente bem informada sabe que) companhias e bancos estão claramente destinados à falência ou a grandes prejuízos, o que faz o Grande Capital?
Ora, (1) convence os seus clientes a comprar "títulos de dívida" do seu banco, antes que tal banco vá à falência (caso BES) - para deste modo passar para tais clientes as consequências de tal falência (e depois faz-se o Estado "indemnizar" tais clientes, passando em grande parte para o Estado o prejuízo) - ou, ainda melhor, (2) faz este mesmo Grande Capital os seus amigos no Estado comprar acções na sua companhia, antes que esta desvalorize imenso na Bolsa, passando para o Estado os prejuízos (um exemplo anterior), ou (3) trata um qualquer milionário, amigo de um banco privado, de contrair dívida num banco público para comprar acções em tal banco privado (obviamente, destinado a ter grandes prejuízos) para, com isto, transferir o que seriam os futuros prejuízos dos (anteriores) accionistas privados para o banco público.

 

Berardo: BCP foi o "maior desastre da minha vida"

 

É a "República das Bananas" que temos... Um país de gente tão inculta e tão fácil de enganar, que não sendo capaz de "juntar A mais B", se pode perante a mesma fazer tudo isto, sem que esta se aperceba do que se está a passar.

 

(E depois, já se sabe, não há dinheiro para os hospitais...)

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colocado por Fernando Negro às 16:29


1 comentário

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De Fernando Negro a 19.06.2019 às 16:54

Muito curta história, parafraseada, da vida de Joe Berardo...

"Nunca mais volto a Portugal!"

(Obviamente, por não gostar do mesmo. E, sendo este um país de muito belo património natural, só mesmo se for das pessoas é que não se gosta, é que se pode dizer que não se gosta do mesmo.)

Anos depois:

"Ah, nós dizemos mal do nosso país, e tal, mas gostamos do mesmo - e por isso decidi voltar."

Uns poucos anos depois:

"Comprei acções no BCP porque queria ajudar os bancos portugueses." (E, subentende-se, a Economia Nacional.)

Conclusão: Berardo regressou ao seu país de origem, do qual admitidamente não gosta das pessoas, porque queria ajudar essas mesmas pessoas.

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