O interesse que a NSA tem, em contribuir para o SO "GNU/Linux", é óbvio...
Este SO é, não só altamente versátil e capaz de correr em quase qualquer tipo de computador - pois pode ser compilado, adaptado e configurado para utilização em diferentes máquinas - como, por pertencer à família UNIX de SO, é muito mais seguro. Pois tem uma política de segurança mais elaborada, em que se pode descriminar ao pormenor o que cada utilizador pode ou não fazer. Para além disso, possui uma grande vantagem, sobre todos os outros SO da família UNIX. Que é o facto que mencionei, de que se pode inspeccionar e modificar o seu código-fonte. O que torna possível a qualquer entidade que tenha qualquer problema no decorrer da sua utilização, imediatamente inspeccionar o código que faz parte do mesmo, para perceber se qualquer problema que surja é culpa do SO em si, e remendá-lo, se quiser, segundo as suas necessidades, sem estar dependente da disponibilidade e boa vontade, ou não, de quem quer que, originalmente, tenha programado a peça de software em causa, em revelar e autorizar que se modifique o seu código-fonte, ou de vir, ela própria, fazê-lo, sem estar a revelar esse mesmo código-fonte.
Por estas razões, e por ter evoluído no sentido de ser um muito bom SO em si - rápido e seguro - este é um SO que é também utilizado em supercomputadores (http://pplware.sapo.pt/linux/linux-domina-no-segmento-dos-supercomputadores/) e por algumas das principais empresas e entidades públicas nos EUA - como é o caso da NASA (http://www.google.pt/search?hl=pt&q=nasa+linux), e até da própria Google (http://pt.wikipedia.org/wiki/Goobuntu). E por esta última razão, é natural que o governo norte-americano, através da sua "Agência de Segurança Nacional" tenha querido fazer algumas modificações ao SO, para o tornar ainda mais seguro.
E é assim que chegamos à contribuição "SELinux" para o núcleo Linux...
A razão pela qual a NSA fez esta contribuição de modo público é porque a licença deste tipo de "Software Livre" (mais sobre ela aqui (http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_General_Public_License)) proíbe alguém que faça modificações ou acrescentos ao mesmo de "esconder" o conjunto resultante do código original e das modificações que nele foram feitas. E, por isso, mesmo que o quisesse, a NSA não podia andar a distribuir as suas modificações pelas várias agências governamentais e entidades corporativas norte-americanas e proibir alguém de fazer cópias das mesmas. Seria uma questão de tempo até que alguma cópia fosse feita "cá para fora". E, já que não pode impedir isto de ocorrer, que seja, então, ela própria a fazê-lo. E que o faça de modo a dar a impressão de que quer ajudar a comunidade do Software Livre em si.
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* (Ou que, só muito dificilmente, poderemos saber em parte, com recurso a algumas técnicas de "engenharia reversa".)